27/11/2024 às 21:30
A investigação da PF aponta que a disseminação da narrativa golpista por integrantes do governo de Bolsonaro incentivou os atos de 8 de janeiro de 2023, e inclusive, o homem que explodiu uma bomba no STF agora em novembro.
Apenas o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, apoiaria os planos de golpe, colocando as tropas e até tanques à disposição. A defesa do militar alega inocência de Garnier.
Bolsonaro declarou, nesta semana, que “nunca discutiu golpe com ninguém”.
A investigação destacou ainda envolvimento de militares que foram ex-ministros de Jair Bolsonaro.
O general Braga Neto, que foi ministro da Defesa e vice na chapa de Bolsonaro em 2022, também atuou nas ações clandestinas que daria suporte ao golpe de estado.
A PF inclusive apreendeu com o coronel Peregrino, assessor do general Braga Netto, um plano para impedir que o presidente Lula “subisse a rampa” do palácio do Planalto.
Também era previsto pelos golpistas a anulação das eleições de 2022, com prorrogação dos mandatos em vigor na época e até substituição de todo TSE.
Já o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI, general Augusto Heleno, também teria se destacado nos planos para desacreditar o processo eleitoral e subverter o regime democrático.
Entre as provas, está uma agenda em que o general teria anotado, de próprio punho, as medidas necessárias, inclusive com uso da Empresa Brasil de Comunicação, a EBC, empresa pública responsável pela Rádio Nacional.
Nas redes sociais, a defesa de Braga Netto disse que nunca se falou de golpe. E que a verdade será esclarecida no devido processo legal.
O advogado de defesa do general Heleno, Matheus Mayer, disse ainda que não tinha condições de se manifestar sobre o inquérito em vista do volume de informações contidas.
Agora, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, tem, legalmente, até 15 dias para se manifestar sobre o relatório, mas não há um prazo para a denúncia. A expectativa é que ocorra após o recesso judicial, que começa no dia 19 de dezembro e vai até 1º de fevereiro.
Após a denúncia pela PGR, o julgamento ocorre no Supremo Tribunal Federal.
Segundo o regimento do STF, ações penais devem ser julgadas por uma das duas turmas colegiadas do tribunal. A ação que apura o golpe deve ficar na Primeira Turma, já que o relator Alexandre de Moraes compõe esse grupo, com os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Justiça Relatório indica que Bolsonaro atuou de forma direta e efetiva Brasíia PF aponta envolvimento de suplente de senadora em tentativa de golpe Militar diz que Bolsonaro recuou após golpe fracassado no Peru Relatório da PF diz que Marinha tinha tanques à disposição para golpe 27/11/2024 - 21:30 Sâmia Mendes / Liliane Farias Gésio Passos - repórter da Rádio Nacional Golpe de Estado quarta-feira, 27 Novembro, 2024 - 21:30 3:14Continuar lendo ...Para ler no celular, basta apontar a câmera