O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro instaurou inquérito civil para apurar as condições de trabalho na fábrica Maximus, onde ocorreu um incêndio, na manhã desta quarta-feira (12), em Ramos, zona norte da cidade. De acordo com testemunhas, havia trabalhadores dormindo no local, inclusive adolescentes, com indícios de trabalho degradante.
A fábrica será notificada para prestar esclarecimentos e deverá apresentar diversos documentos, como Alvará de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos. Também precisará apresentar a relação de empregados, com nomes, idades, datas de admissão e funções, indicando quais estavam trabalhando no momento do incêndio; relação de empregados que ficaram feridos, informando a condição de saúde de cada um deles; e as medidas adotadas para prestar assistência às vítimas.
As escolas de samba Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos de Bangu também deverão informar e comprovar as medidas adotadas para prestar assistência aos trabalhadores feridos no incêndio e apresentar os contratos mantidos com a empresa Maximus, bem como os documentos exigidos para a contratação.
Para o procurador responsável pelo caso, Artur de Azambuja Rodrigues, os fatos denunciados, em tese, configuram lesão a interesses coletivos e indisponíveis dos trabalhadores.
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