12/03/2025 às 20:17
O governo brasileiro lamentou a decisão tomada nesta quarta-feira (12) pelo governo norte-americano de elevar para 25% as tarifas sobre importações de aço e alumínio provenientes de todos os países e de cancelar os arranjos vigentes relativos a quotas de importação desses produtos.
Foi o que destacou, em nota conjunta, os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Segundo o comunicado, as medidas terão impacto significativo sobre as exportações brasileiras de aço e alumínio para os Estados Unidos. Em 2024, essas transações foram da ordem de R$ 3,2 bilhões.
O governo brasileiro considera "injustificável e equivocada a imposição de barreiras unilaterais que afetam o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos, principalmente pelo histórico de cooperação e integração econômica entre os dois países". Por isso, avaliará todas as possibilidades de ação no campo do comércio exterior, inclusive junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Reuniões já previstas para as próximas semanas tratarão das compensações sobre os efeitos nocivos das medidas norte-americanas, bem como da defesa dos interesses nacionais, em coordenação com o setor privado.
A nota destaca ainda que os Estados Unidos mantêm um superávit comercial de longa data com o Brasil. Somente no ano passado, os ganhos estadunidenses foram da ordem de US$ 7 bilhões, somente em bens.
No caso do aço, as indústrias do Brasil e dos Estados Unidos mantêm, há décadas, relações mutuamente benéficas, diz o texto. Para exemplificar, o governo federal lembrou que o Brasil é o terceiro maior importador de carvão siderúrgico dos Estados Unidos e o maior exportador de aço semi-acabado, com 60% do total das importações do insumo essencial para a própria indústria siderúrgica norte-americana.
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