12/03/2025 às 14:55
A falta de uma maior ênfase à renúncia desse tipo de fonte de energia, classificada como suja, foi um ponto criticado por entidades que atuam no campo do meio ambiente. A redução das emissões pela queima de combustíveis fósseis está entre os principais compromissos da comunidade internacional para que sejam atingidas as metas ambientais de mitigação das mudanças climáticas.
"Cada país fazendo a sua parte. Os que podem mais fazem mais, os que podem menos também fazem, mas precisarão da ajuda dos ricos, principalmente com os recursos de implementação", disse.
O argumento dos críticos é de que o Brasil deve abdicar de investir em combustíveis fósseis tanto pelos efeitos que provocam, já que vão na contramão das metas de zerar emissões líquidas, como pelo que o gesto significaria no ano em que sedia um evento da magnitude da COP30.
Marina Silva assegurou que o detalhamento das negociações sobre o tema será feito, mas em uma segunda carta. "Se a gente vir a linguagem diplomática, a questão dos combustíveis fósseis está ali colocada. Quando você fala que tem que fazer a transição energética, vai transitar para onde? De fóssil para renovável, que é exatamente pegar o que foi decidido lá na COP28 [28ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas], em Dubai, que diz que se tem que triplicar [energia] renovável, duplicar eficiência energética e fazer a transição para o fim do uso de combustível fóssil", complementou.
A ministra finalizou a fala ressaltando que o Brasil possui um leque de opções e às quais pode recorrer como alternativas aos combustíveis fósseis. Uma vertente com bom potencial, sublinhou, é a do hidrogênio verde.
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