27/03/2025 às 17:02
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou, nesta quinta-feira (27), que a defesa de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, preste esclarecimentos, no prazo de 48 horas, sobre notícias de que o réu teria se evadido do país.
Léo Índio é primo dos três filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro e foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por ter participado dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Segundo a denúncia, ele próprio publicou imagens em suas redes sociais em meio à invasão de prédios públicos.
Em um vídeo divulgado nesta quarta-feira (26) pela rádio Massa FM, do interior do Paraná, Léo Índio disse ter ido para a Argentina há mais de 20 dias, pouco depois da denúncia ser aceita pelo Supremo. Segundo ele, para escapar do que chamou de "perseguição política".
Também nesta quinta, a maioria da Primeira Turma do STF votou para rejeitar recurso e confirmar a decisão que o tornou réu. Até o momento, os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino seguiram o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, formando maioria pela rejeição do recurso da defesa, que queria impedir a abertura de ação penal. O ministro Luiz Fux tem até o fim desta sexta-feira, dia 28, para votar.
No recurso, a defesa de Léo Índio insistiu que o Supremo não é a instância competente para processar o caso, uma vez que ele não tem foro privilegiado. Os ministros do colegiado voltaram a rejeitar o argumento.
Com a rejeição do recurso, o Supremo deve, agora, abrir uma ação penal, em que defesa e acusação poderão apresentar testemunhas e pedir a produção de provas. Somente ao fim da instrução processual, os ministros devem decidir se condenam ou absolvem o acusado.
*Com informações da Agência Brasil
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