07/04/2025 às 19:19
A participação das mulheres negras no mercado de trabalho aumentou, mas a desigualdade salarial entre homens e mulheres teve um leve aumento entre 2022 e 2024. A informação está no 3º Relatório de Transparência Salarial divulgado, nesta segunda-feira (7), em Brasília, pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho.
O documento mostra que a remuneração média dos homens em 2024 era de R$ 4.745,53, enquanto as mulheres ganhavam R$ 3.755,01, valor 20,9% menor. Em 2023, a diferença era de 20,7%. Já em 2022, a diferença foi de 19,4%.
Segundo a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o resultado mostra que são necessárias ainda mudanças estruturais na sociedade, as quais passam pela capacidade de negociação das próprias mulheres e pela mentalidade das empresas.
Já os homens não negros, em 2024, ganhavam em média R$ 6.033,15, enquanto as mulheres negras tinham salário médio de R$ 2.864,39, menos da metade do que eles ganhavam. Em 2023, elas recebiam metade e, em 2022, um pouco mais da metade.
No entanto, os dados apontam para um crescimento na participação das mulheres negras no mercado de trabalho, passando de quase 17% em 2022 para um pouco mais de 20% dos vínculos em 2024.
O relatório mostra também que, em 2024, as mulheres diretoras e gerentes recebiam 73,2% do salário dos homens e as profissionais em ocupação de nível superior, 68,5% dos ganhos deles, percentuais um pouco menores em relação a 2022.
Depois da apresentação do documento, foi lançado um guia com recomendações que possam contribuir para as negociações coletivas em prol da igualdade salarial.
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