08/04/2025 às 14:52
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou à Justiça e pediu a prisão preventiva do tenente reformado Carlos Alberto de Jesus por duas tentativas de homicídio duplamente qualificado.
O policial militar da reserva atirou contra o estudante universitário Igor Melo de Carvalho e o motociclista de aplicativo Thiago Marques Gonçalves, na madrugada do dia 24 de fevereiro deste ano, no bairro da Penha, zona norte do Rio.
Carlos Alberto afirmou que acreditava que os dois haviam roubado o celular de sua mulher, Josilene da Silva Souza, que também foi denunciada pelo crime de falso testemunho.
Segundo a promotoria, após o atentado, Josilene prestou depoimento à polícia, afirmando que uma das vítimas teria tentado sacar uma arma antes dos disparos. A falsa declaração levou à prisão equivocada dos dois homens. Depois do ocorrido, Josilene apresentou outras versões contraditórias aos fatos. A acusação contra as vítimas foi arquivada pelo Ministério Público no dia 8 de março.
O caso está sendo acompanhado por diversos órgãos de defesa dos direitos humanos. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que o ministério vai pedir esclarecimentos ao governo do Rio e às autoridades de justiça sobre a situação de Igor.
A comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj prestou atendimento à família do estudante e está acompanhando as investigações. Os parlamentares cobraram explicações da Polícia Militar sobre a conduta do policial aposentado responsável pelo disparo.
A reportagem tentou contato com as defesas dos acusados, mas não teve resposta até o momento.
*Com supervisão de Fábio Cerqueira.
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