18/04/2025 às 08:58
O depoimento do diretor-geral da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência, Luiz Fernando Corrêa, à Polícia Federal nessa quinta-feira (17), em Brasília, durou cerca de cinco horas.
Ao mesmo tempo, mas em sala separada, também prestou depoimento o ex-diretor adjunto da Abin, Alessandro Moretti.
Os dois foram ouvidos dentro das investigações sobre a atuação paralela da Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que corre em segredo de Justiça. Os detalhes dos depoimentos, portanto, não foram divulgados.
Os policiais querem saber sobre o uso ilegal da Abin para monitorar autoridades públicas durante o governo Bolsonaro. Tanto Luiz Fernando Correa quanto Alessandro Moretti não fizeram parte da cúpula do governo anterior.
No início da semana, o diretor-geral da Abin divulgou uma nota informando estar à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos sobre os fatos que remetem a decisões tomadas em gestão anterior.
Outro ponto investigado é uma ação de espionagem de autoridades paraguaias na negociação do contrato de energia da usina hidrelétrica de Itaipu, entre junho de 2022, durante o governo de Bolsonaro, e março de 2023, início do governo Lula.
O Itamaraty nega qualquer envolvimento do atual governo com a espionagem ao Paraguai; e argumenta que a ação de inteligência começou no governo anterior e foi tornada sem efeito pela Abin, em março de 2023, após a direção interina do órgão tomar conhecimento do caso.
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