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Ex-Diretor do Ministério dos Direitos Humanos Acusa Ministro de Assédio Moral e Ameaças

Segundo Pinho, os conflitos começaram quando ele se recusou a gravar reuniões e a assinar documentos fora do fluxo regular do ministério

Da Redação Repórter PB

12/09/2024 às 10:47

Imagem Ex-ministro, Silvio Almeida do Governo Lula

Ex-ministro, Silvio Almeida do Governo Lula ‧ Foto: Agência Brasil

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Em entrevista à coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles, o ex-diretor do Ministério dos Direitos Humanos, Leonardo Pinho, fez sérias acusações contra o ministro Silvio Almeida. Pinho relatou episódios de assédio moral, incluindo agressões verbais e físicas, durante reuniões no ministério. Um dos incidentes ocorreu em novembro de 2023, quando Almeida teria dado socos na mesa enquanto gritava com o diretor. Pouco depois, Pinho pediu demissão do cargo.

Segundo Pinho, os conflitos começaram quando ele se recusou a gravar reuniões e a assinar documentos fora do fluxo regular do ministério, a pedido do ministro. Em uma ocasião, Almeida também solicitou que Pinho gravasse reuniões com integrantes do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para a População em Situação de Rua (Ciamp), que haviam criticado a falta de transparência do ministério. Ao negar o pedido, o ex-diretor relatou que o ministro ficou descontrolado, xingou e deu socos na mesa, ameaçando-o: “Os seus dias estão contados”.

Pinho revelou ainda que tentou sugerir ao ministro uma melhoria nas relações com outros ministérios, citando especificamente a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, com quem Almeida tinha dificuldades. A subordinação orçamentária de Anielle ao Ministério dos Direitos Humanos teria gerado atritos. Ao mencionar o nome da ministra, o ex-diretor relatou que o ministro reagiu de forma agressiva, afirmando: “Você está insinuando o quê? Sou ministro de Estado, você é um merda”, ameaçando ainda sua carreira no ministério.

Pinho relatou que o estresse causado pelos constantes embates afetou sua saúde, resultando em problemas como pressão alta e diabetes. “Eu saí da reunião, liguei para minha esposa e chorei. Eu já estava decepcionado, mas ali fiquei com medo”, contou o ex-diretor, destacando que Almeida, antes de assumir o ministério, era visto como uma figura de respeito no meio jurídico.

Fonte: hora brasília

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