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“Queria dizer que errei”: João Doria envia carta a Lula e Alckmin, admitindo exageros

Na carta, Doria reflete sobre suas atitudes anteriores e reconhece o impacto de seus posicionamentos

Da Redação Repórter PB

03/11/2024 às 17:22

Imagem João Dória, e Luiz Inácio Lula da Silva

João Dória, e Luiz Inácio Lula da Silva ‧ Foto: Reprodução da Gazeta

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Em um movimento inesperado, João Doria, ex-governador de São Paulo e empresário, enviou recentemente uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao vice-presidente Geraldo Alckmin, onde admitiu erros do passado e expressou o desejo de reconciliação. O texto, entregue a Lula por meio de um intermediário a pedido de Alckmin, representa uma mudança significativa no tom de Doria em relação ao atual governo federal, marcado anteriormente por fortes críticas e embates públicos.

Na carta, Doria reflete sobre suas atitudes anteriores e reconhece o impacto de seus posicionamentos. “Queria ter a chance de dizer que errei”, escreveu o ex-governador, um gesto raro entre figuras políticas e que ele espera simbolizar o início de um novo capítulo, tanto pessoal quanto profissional. Contudo, de acordo com fontes próximas ao presidente, apesar de ter lido a carta imediatamente, Lula manteve uma postura cautelosa, ressaltando que uma reconciliação pessoal ainda seria improvável, devido ao histórico de confrontos e diferenças ideológicas com Doria.

Doria, que já ocupou posições de destaque no cenário político nacional, adotou nos últimos meses uma postura mais conciliadora em relação a antigos aliados e até adversários políticos. Após anos de tensões e afastamentos, ele procurou reaproximar-se de figuras como Alckmin e o ex-vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, além de Bruno Araújo, ex-presidente do PSDB. Em entrevista recente, Doria afirmou que pretende se dedicar exclusivamente à expansão do grupo Lide, o qual reassumiu após deixar a política, declarando: “Para a política, não volto mais”.

A transição de Doria, que em 2016 era conhecido pelo slogan “João trabalhador”, reflete uma nova fase mais voltada para o setor privado e para a ampliação da influência global de suas empresas. Com o Lide presente em 20 países e promovendo mais de 200 eventos anuais, Doria continua a projetar sua marca pessoal e empresarial, agora longe dos embates políticos. Segundo ele, embora não tenha recebido uma resposta direta de Lula, sente-se aliviado por ter tomado a iniciativa. “Minha alma está mais tranquila e espero que a de Lula também esteja feliz”, concluiu.

Fonte: Repórter PB

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