02/12/2024 às 19:11
Após 11 anos preso na Espanha, o traficante internacional de drogas Sérgio Lessa Xavier - conhecido como Sérgio Bala - foi extraditado para o Brasil e será julgado pela Justiça Federal brasileira, em razão de denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF). O processo ficou suspenso desde 2013, período em que o réu cumpriu pena na Espanha pelos crimes de tráfico de drogas e uso de documento falso.
O traficante foi preso em flagrante em 2013 pela polícia espanhola e condenado pela Justiça daquele país. Ele foi flagrado em Ibiza transportando ecstasy, além de outras drogas sintéticas e, quando abordado, apresentou documentos falsos. No momento da captura, ele já havia sido denunciado pelo MPF, mas estava foragido na Europa.
Desde então, a Secretaria de Cooperação Internacional (SCI) do MPF acompanhava o trâmite do pedido de extradição na Justiça espanhola, para garantir o retorno e o julgamento de Sérgio Bala no Brasil.
Ele chegou ao Rio de Janeiro no último dia 22, escoltado por uma equipe da Polícia Federal, e será interrogado no dia 17 de dezembro pelas autoridades brasileiras. Depois, será aberto prazo para manifestação (alegações finais) da acusação e da defesa, e então proferida a sentença.
Segundo a denúncia feita pelo MPF à Justiça Federal do Rio de Janeiro, Sérgio Bala chefiava uma organização criminosa que atuava no transporte internacional de drogas, como cocaína e ecstasy, organizando e financiando a entrada e a saída ilegal dos entorpecentes. Ele usava os aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo para enviar a droga a países da Europa, como Espanha, Alemanha e Holanda. A investigação durou cerca de nove meses e contou com o apoio da Polícia Federal.
Os fatos pelos quais o traficante foi denunciado no Brasil são diferentes dos que levaram à prisão e à condenação dele na Espanha.
No Brasil, ele também já havia sido preso, em 2007, quando morava no Distrito Federal onde foi flagrado com mais de 5 mil comprimidos de ecstasy, além de 2,6 mil comprimidos de ácido lisérgico (LSD). Por esse fato, Sérgio foi condenado pela Justiça do Distrito Federal (processo nº 2007.01.1.114112-6) a 9 anos de prisão. Caso ele seja condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, as penas serão acumuladas por estarem relacionadas a fatos diferentes.
Fonte: Ascom
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