14/12/2024 às 08:00
Neste sábado (16), a Polícia Federal prendeu o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa no governo Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa derrotada nas eleições de 2022. Braga Netto foi detido em sua residência em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, no âmbito das investigações sobre tentativa de golpe de Estado.
De acordo com informações preliminares, após ser preso, o general foi entregue ao Comando Militar do Leste, onde permanecerá sob custódia do Exército. A ação é parte de uma operação mais ampla conduzida pela Polícia Federal, que inclui buscas e apreensões relacionadas ao caso.
Braga Netto é alvo do inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado durante o governo de Jair Bolsonaro. Além dele, o próprio ex-presidente, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e outros integrantes do governo, como ex-ministros, ex-comandantes militares e assessores, também foram indiciados pela PF.
Os investigadores apuram uma suposta articulação para contestar o resultado das eleições presidenciais de 2022, que culminaram na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. A tentativa de golpe estaria associada a ações antidemocráticas realizadas por aliados do governo anterior, incluindo ataques às instituições e incitação à violência.
A prisão de Braga Netto marca um avanço significativo no inquérito, envolvendo uma das figuras centrais da gestão Bolsonaro. Como general da reserva, ele é protegido por regras que determinam sua custódia em instalações militares, mas isso não o isenta de responder às acusações na Justiça.
Essa operação representa mais uma etapa na responsabilização de indivíduos envolvidos em atos contra a democracia brasileira. Além de Braga Netto, outros membros do alto escalão do governo anterior têm enfrentado investigações, reforçando o caráter abrangente das apurações.
Fonte: Repórter PB
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