08/10/2024 às 20:32
A Rede Cuidar Paraíba é referência no atendimento especializado infantil nas áreas de cardiopediatria e ortopedia. Com um serviço permanente, que vai além das ações da Caravana anual, a Rede Cuidar utiliza tecnologias de telemedicina e suporte em transporte seguro e facilita o acompanhamento de condições graves e alterações como o pé torto congênito, como é o caso de Vitor Hugo dos Santos, de 6 anos, natural de Araçagi, que teve acesso ao tratamento adequado para a sua condição de saúde.
Diagnosticado com pé torto congênito e atendido na última ação itinerante da Caravana da Rede Cuidar, Vitor Hugo enfrentou desafios desde os primeiros passos. "No começo foi difícil, ele andava na pontinha dos pés, sem conseguir apoiar os pés no chão. Foi complicado", relembra sua mãe Ardia dos Santos. A busca por tratamento era uma luta constante, com idas frequentes ao hospital. No entanto, com a chegada da Caravana da Rede Cuidar, o acesso aos cuidados necessários foi facilitado. "Graças a Deus, em dois meses, conseguimos fazer tudo. Ele fez as injeções nas perninhas e agora vai começar a fisioterapia", relatou.
O pé torto congênito idiopático é a deformidade músculo-esquelética congênita mais comum ao nascimento. Quando não tratado precocemente, pode gerar sérios impactos físicos, psicológicos e financeiros para a criança e sua família. A coordenadora da Rede Cuidar Paraíba, a médica Juliana Soares, ressalta a importância do diagnóstico e tratamento inicial. "Nosso objetivo é promover um tratamento eficaz e reduzir a necessidade de cirurgias. Quando conseguimos identificar e tratar esses casos logo no início, garantimos que as crianças possam ter um futuro com mais saúde e qualidade de vida", afirmou.
De acordo com o médico ortopedista Pedro Henrique Guterrez, o tratamento adequado oferece às famílias a esperança de um desenvolvimento pleno. "Garantir o atendimento ágil é essencial para proporcionar uma melhor qualidade de vida a esses pacientes. O pé torto congênito, se não tratado, pode comprometer a vida dessas crianças de diversas maneiras", explicou. Ele destacou ainda que o acompanhamento deve ser mantido até, pelo menos, os 8 anos de idade, para garantir que a correção seja duradoura e evitar o reaparecimento das disfunções.
Na Caravana da Rede Cuidar deste ano, houve um foco adicional na identificação de pacientes com doenças raras, como displasias esqueléticas, paralisia cerebral, síndrome congênita do Zika Vírus e mielomeningocele. Além disso, o Complexo Hospitalar Arlinda Marques, que atua em conjunto com a Rede Cuidar, utiliza o método de Ponseti, considerado o padrão-ouro mundial para o tratamento de pé torto. Mesmo para aqueles pacientes que não foram tratados na idade ideal — antes do início da marcha —, ainda é possível realizar a correção das deformidades com sucesso. "Isso nos dá esperança de que, com o tempo, ainda mais crianças possam superar essa condição", conclui o médico ortopedista.
Fonte: Repórter PB
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