05/03/2025 às 11:43
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) iniciou uma ofensiva para reunir informações contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) em uma estratégia para defender Rosângela da Silva, a Janja, das críticas da oposição ao governo Lula. O parlamentar enviou ofícios à Polícia Federal, à Casa Civil e à Controladoria-Geral da União (CGU) solicitando dados sobre viagens, gastos e eventuais investigações envolvendo a esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Líder da bancada petista na Câmara, Lindbergh deixou claro que seu objetivo é desgastar Michelle Bolsonaro para equilibrar o embate político. “Cada requerimento contra Janja, nós vamos apresentar dois contra Michelle Bolsonaro. A turma da rachadinha com cartão corporativo não tem moral. Vamo [sic] pra cima”, escreveu o deputado em suas redes sociais.
A primeira-dama Janja tem sido alvo de críticas por conta de seus gastos em viagens internacionais e pela atuação em um gabinete informal dentro do governo, mesmo sem ocupar um cargo oficial. Segundo levantamento do Estadão, sua equipe de 12 assessores custou R$ 1,2 milhão em viagens até o fim de 2023. O governo argumenta que os servidores cumprem funções previstas em lei.
A reação da oposição veio através do PL Mulher, presidido por Michelle, que classificou as investidas do petista como uma tentativa de desviar a atenção de problemas do governo Lula. “Isso constitui uma louca tentativa de fazer desviar os olhos da população dos recentes escândalos do governo petista, da alta dos preços dos alimentos e da gasolina, bem como das gafes e gastos da atual primeira-dama”, afirmou o partido em nota.
Além dos pedidos de informações, Lindbergh acionou o Ministério Público Federal para investigar se houve desvio de recursos públicos no governo Bolsonaro para custear despesas pessoais de Michelle. Ele também questionou a Polícia Federal e a CGU sobre depósitos em dinheiro vivo na conta da ex-primeira-dama feitos pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, conforme apontam mensagens apreendidas pela PF. A ex-primeira-dama também teria utilizado o cartão de crédito de uma assessora parlamentar para despesas pessoais.
Outro foco da ofensiva do petista é o programa Pátria Voluntária, iniciativa do governo Bolsonaro coordenada por Michelle. Lindbergh pediu esclarecimentos à Casa Civil sobre as medidas adotadas após recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou falta de critérios para a distribuição de recursos às instituições beneficiadas e cobrou maior transparência na prestação de contas.
Fonte: hora brasília
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