18/10/2024 às 07:40
Um sonho que se tornou realidade. Esse é um dos significados da profissão para o médico Ícaro Pessoa, que atua na Unidade de Saúde da Família (USF) Integrada José Américo. “A primeira vez que pensei em ser médico foi aos seis anos de idade, quando estava às vésperas da formatura do ABC. Ao utilizar uma roupa branca e segurar um lápis e um livro diante das lentes de uma câmera fotográfica, percebi de uma forma um tanto quanto ingênua e despretensiosa que os estudos nos conduzem a lugares mágicos”, recordou.
Desde então foram anos de estudo até alcançar a tão sonhada cadeira na faculdade de Medicina. “Filho de família humilde e pernambucana, acreditei num sonho possível e aqui estou, em João Pessoa, há 12 anos”, disse o médico, que defende o Sistema Único de Saúde (SUS) como forma de levar assistência humanizada à população, enxergando o paciente “para além de um conjunto de sistemas e um aglomerado de sinais e sintomas”.
É com esses princípios que, todos os dias, Ícaro sai de sua casa para cuidar de seus pacientes na USF onde trabalha, tentando oferecer o melhor atendimento e acolhendo a cada um deles. “Acredito numa medicina capaz de promover justiça social, quando compreendemos a singularidade e complexidade do universo de cada paciente com seus medos, angústias e vulnerabilidades. Também acredito na medicina como ferramenta tecnológica, capaz de salvar mais vidas através do avanço de pesquisas e técnicas em cada especialidade médica”, observou Ícaro Pessoa.
Nesta sexta-feira (18) é comemorado o Dia do Médico. Na rede municipal de saúde de João Pessoa, esses profissionais estão presentes nos diversos níveis de atenção, desde a básica, com o acompanhamento aos usuários das unidades de saúde da família (USFs), passando pelos atendimentos nas policlínicas e centros especializados até a assistência hospitalar e na rede de urgência e emergência, onde atua Daniel Filho, médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruz das Armas.
Daniel explica que seu trabalho na UPA consiste na rapidez e agilidade para reconhecer e lidar com os pacientes graves e não graves, oferecendo um suporte adequado para cada um deles, de acordo com suas necessidades, com resolutividade e qualidade nos atendimentos, mas acima de tudo com amor.
“Para mim, a maior importância do meu trabalho é sempre resultado de pensar que estou cuidando do amor da vida de alguém. Seja uma mãe, um filho, uma avó, um amigo. É saber escutar cada sintoma, observar cada sinal trazido até mim e conseguir identificar e aliviar o sofrimento, sempre com empatia, tentando minimizar aquela dor”, declarou Daniel.
Além dos médicos das UPAs e unidades de saúde da família, a rede municipal de saúde também conta com aqueles que se dedicam ao trabalho nos hospitais, no socorro às emergências do Samu, nas policlínicas, nos centros de atenção psicossocial e outros serviços especializados para levar o melhor cuidado aos pacientes.
São médicos de saúde da família, pediatras, intensivistas, cirurgiões, cardiologistas, neurologistas, ortopedistas, reumatologistas, dermatologistas, endocrinologistas, ginecologistas, geriatras, psiquiatras e tantos outros especialistas que desenvolvem seu trabalho nesses locais para atender a população.
“Quando me pergunto por que devo continuar sendo médico, a resposta torna-se complexa e ainda mais gratificante. Devo continuar médico porque desejo que outros tenham a oportunidade de cuidar de vidas, sem distinção de etnia, cor e identidade de gênero. Quero continuar médico porque sei que posso ser ferramenta na construção de um mundo menos desigual”, concluiu Ícaro Pessoa.
Fonte: Repórter PB
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