02/12/2024 às 14:20
Uma nova polêmica no cenário político acendeu os holofotes sobre o Partido Liberal (PL). Desta vez, o motivo é a suspeita de fraude no cumprimento da cota de gênero, investigada por meio de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). A denúncia levanta questionamentos sobre a legalidade de candidaturas femininas apresentadas pelo PL nas últimas eleições.
O PDT acusa o PL de utilizar candidaturas fictícias para preencher a exigência de 30% de mulheres nas chapas eleitorais. Três candidatas teriam recebido, cada uma, R$ 125 mil do fundo eleitoral, mas o número de votos conquistados por elas não ultrapassou 100 em total, o que reforça a hipótese de candidaturas “laranjas”. Segundo o PDT, essas mulheres não participaram ativamente da campanha, sendo incluídas apenas para cumprir uma formalidade legal.
Se comprovadas as irregularidades, a Justiça Eleitoral pode anular os votos do PL, o que resultaria na cassação dos mandatos dos vereadores eleitos Durval Ferreira, Carlão Pelo Bem e Fábio Lopes. Esse possível desdobramento aumenta a pressão sobre os partidos para que respeitem a legislação e usem os recursos eleitorais de forma transparente e adequada.
Esta ação é a terceira que o PDT move contra partidos por irregularidades nas cotas de gênero. Na semana anterior, o MDB e o PSD também foram denunciados pela mesma prática. O caso evidencia a necessidade urgente de maior fiscalização e controle sobre as candidaturas femininas e o uso do fundo eleitoral, uma vez que essas irregularidades colocam em xeque o compromisso das siglas com a representatividade de gênero na política.
Enquanto isso, em Sousa, o PL reverteu os papéis, apresentando sua própria AIJE contra coligações adversárias, também sob alegação de fraude na cota de gênero. Esse movimento mostra que a questão está longe de ser resolvida e promete desdobramentos significativos no cenário eleitoral local e estadual.
Fonte: Repórter PB
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