30/01/2025 às 08:36
A paralisação dos motoristas de ônibus de João Pessoa chegou ao seu quarto dia consecutivo nesta quinta-feira (30), sem avanços nas negociações entre a categoria e as empresas de transporte coletivo. Passageiros continuam enfrentando dificuldades para se locomover, enquanto o impasse entre trabalhadores e patrões segue sem solução.
Na quarta-feira (29), uma audiência de instrução foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (TRT-13) com a mediação da presidente do tribunal e do Ministério Público do Trabalho (MPT). Apesar dos esforços para se chegar a um consenso, a proposta apresentada pelos mediadores foi rejeitada pelos motoristas, que decidiram manter a paralisação.
O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Passageiros e Cargas da Paraíba (Simtro/PB) apresentou uma contraproposta, solicitando um reajuste salarial linear de 6%, um adicional de R$ 150 para motoristas que atuam como "batedores", vale-alimentação de R$ 600 e a manutenção das cláusulas já existentes no acordo coletivo. No entanto, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de João Pessoa (Sintur-JP) recusou a proposta, oferecendo um reajuste de 5% e um vale-alimentação de R$ 500, que aumentaria para R$ 550 a partir de julho.
A Justiça do Trabalho determinou que 60% da frota de ônibus permaneça em circulação, mas o percentual tem sido descumprido em alguns momentos da greve. Na terça-feira (28), apenas 48,1% dos veículos estavam operando, o que agravou os transtornos para os usuários do transporte público.
Nesta quinta-feira (30), conforme checagem do Portal REPORTERPB, os motoristas devem realizar uma nova assembleia para debater a proposta patronal e definir os próximos passos da greve. Inicialmente, a categoria reivindicava um reajuste de 15%, mas as negociações seguem travadas, deixando a população refém da paralisação.
Enquanto isso, os passageiros continuam enfrentando longas esperas, ônibus lotados e dificuldades para cumprir seus compromissos diários, sem previsão para o fim do impasse.
Fonte: Repórter PB
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