‘Gestor tirano’: vereador acusa prefeito de autoritarismo em sessão polêmica da Câmara em Marizópolis

A Câmara de Vereadores de Marizópolis realizou, na quinta-feira (26), uma sessão extraordinária para deliberar sobre dois projetos de lei encaminhados pelo prefeito Lucas Braga.

O primeiro, de nº 023/2024, solicitava autorização para realizar remanejamento, transferência e transposição de dotações orçamentárias previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. O segundo, de nº 024/2024, propunha a alteração da destinação pública de um imóvel localizado na quadra 8 do loteamento Monte Sinal, que passaria a abrigar a quadra poliesportiva “Augusto Gomes da Silva”.

Durante a discussão, o vereador Carlos José |(foto), da bancada de oposição, fez duras críticas ao Projeto de Lei nº 023/2024, questionando a falta de clareza nos detalhes sobre a origem e o destino dos recursos a serem remanejados. “O projeto não especifica de qual setor o dinheiro será retirado. Será da educação para a saúde? Da infraestrutura para a educação? O mais grave é a possibilidade de transferência de dotações por decreto, sem a devida autorização do legislativo, conforme previsto no inciso 3º”, apontou o vereador.

Carlos José classificou o projeto como autoritário e afirmou que votaria contra a proposta. “Não serei cúmplice de dar poder absoluto a um gestor que age como tirano, utilizando recursos públicos sem transparência, prejudicando ainda mais os mais carentes de Marizópolis.”

O vereador destacou que o orçamento municipal para 2025 ultrapassa R$ 50 milhões, com autorização para créditos suplementares de até 50% desse valor. Ele criticou o que chamou de subserviência do legislativo e alertou para os riscos de autorizar remanejamentos sem a devida fiscalização. “Não vou compactuar com essa irresponsabilidade. O vereador Carlos José não vai apoiar essa pilantragem,” declarou de forma contundente.

Apesar das críticas, os dois projetos foram aprovados pela maioria governista na Câmara. O clima tenso da sessão reflete as disputas políticas locais, que devem se intensificar em 2025.

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Fonte: Repórter PB