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Nova denúncia do MPPB amplia acusações contra ex-diretor do Hospital Padre Zé e empresários por suposto esquema de corrupção

Através do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco)

Da Redação Repórter PB

13/11/2024 às 12:35

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Imagem Padre Egídio de Carvalho Neto

Padre Egídio de Carvalho Neto ‧ Foto: divulgação

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A Operação Indignus, que desmantelou um suposto esquema de corrupção envolvendo o Hospital Padre Zé, ganhou novos capítulos nesta terça-feira. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) apresentou uma nova denúncia contra o ex-diretor da instituição, padre Egídio de Carvalho Neto, além de sua ex-diretora administrativa, Amanda Duarte, e cinco empresários que teriam participado das irregularidades. De acordo com a acusação, o grupo integra uma “organização criminosa” voltada para negociar propinas com o objetivo de direcionar contratos de fornecimento de alimentos a empresas específicas, assegurando lucros elevados para os envolvidos.

A denúncia aponta que os empresários — Kildenn Tadeu Morais de Lucena, Sebastião Nunes de Lucena, Sebastião Nunes de Lucena Júnior, Mariana Inês de Lucena Mamede e Maria Cassilva da Silva — estabeleceram contratos com o Instituto São José, entidade responsável pela gestão de programas sociais, como o “Prato Cheio”. Esse programa, destinado a fornecer alimentação à população em situação de rua em cidades como João Pessoa, Guarabira, Pombal, Cajazeiras e Campina Grande, foi executado com apoio do Governo do Estado e teria movimentado mais de R$ 21 milhões até 2023.

Através do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o MPPB afirmou que há extensa documentação comprovando superfaturamento nos contratos e devolução de parte dos valores aos gestores do hospital. As evidências incluem notas fiscais sequenciais, registros financeiros e transferências bancárias que demonstram uma possível prática sistemática de propina. Segundo o levantamento preliminar do Gaeco, somente em um período específico, as propinas somariam cerca de R$ 1,6 milhão, embora o total possa ser muito superior.

Entre os benefícios adquiridos com o dinheiro desviado, o Gaeco aponta a compra de imóveis e bens em nome do ex-diretor Egídio de Carvalho. Além de propriedades em João Pessoa, há registros de compras em São Paulo, onde, segundo a investigação, parte do capital obtido de forma ilícita teria sido investido.

Esta não é a primeira acusação contra o padre Egídio, que já responde por outras denúncias, incluindo apropriação indevida de celulares, estelionato, transações suspeitas envolvendo imóveis e até a aquisição irregular de equipamentos hospitalares. A soma das acusações desenha um histórico complexo de ações que agora aguardam desdobramentos na Justiça.

Fonte: Repórter PB

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