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Hospital Padre Zé enfrenta nova denúncia trabalhista por assédio e acúmulo de funções

A condição laboral teria causado à funcionária sérias complicações de saúde mental, como depressão e ansiedade, levando ao afastamento em 2023

Da Redação Repórter PB

29/11/2024 às 11:56

Imagem Hospital Padre Zé

Hospital Padre Zé ‧ Foto: divulgação

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Mais uma grave acusação recai sobre o Hospital Padre Zé, em João Pessoa, ampliando a série de denúncias que já abalam a imagem da instituição. Desta vez, uma funcionária, contratada como auxiliar administrativa, ingressou com uma ação trabalhista que revela relatos de assédio moral, acúmulo excessivo de funções e negligência quanto às condições de trabalho.

No processo, a funcionária, afastada por problemas psiquiátricos, exige uma indenização de R$ 162.370,34 e o reconhecimento da rescisão indireta do contrato. Ela afirma que, desde 2020, foi obrigada a assumir a função de coordenadora de lavanderia sem qualquer alteração formal em sua carteira de trabalho ou reajuste salarial. A sobrecarga teria se agravado após a redução do quadro de funcionários, levando-a a acumular tarefas como costura, serigrafia e transporte de roupas hospitalares.

Além da sobrecarga, a trabalhadora denuncia assédio moral contínuo por parte de duas superiores, identificadas como Janine e Amanda, com episódios de humilhação pública e críticas constantes. O processo ainda relata a falta de fornecimento adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), o que a teria forçado a adquirir os materiais com recursos próprios, agravando seu desgaste físico e psicológico.

A condição laboral teria causado à funcionária sérias complicações de saúde mental, como depressão e ansiedade, levando ao afastamento em 2023 para tratamento psiquiátrico. Agora, ela busca na Justiça o reconhecimento da rescisão indireta, sob alegação de que o hospital cometeu faltas graves ao não garantir condições adequadas de trabalho.

Entre as solicitações feitas à Justiça, destacam-se o pagamento de diferenças salariais pelo acúmulo de funções, adicional de insalubridade, horas extras não pagas e uma indenização de R$ 40 mil por danos morais. A funcionária também requer a estabilidade provisória garantida pela legislação aos trabalhadores que desenvolvem doenças ocupacionais.

Conforme as informações chegadas ao Portal REPORTERPB, essa nova denúncia surge em um momento delicado para o Hospital Padre Zé, que recentemente enfrentou investigações sobre desvio de verbas. O ex-diretor, padre Egídio de Carvalho Neto, é acusado de desviar mais de R$ 140 milhões, além de utilizar recursos da instituição para adquirir bens pessoais. As apurações seguem em curso, enquanto novas revelações como esta ampliam a crise institucional.

Fonte: Repórter PB

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