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Disputa

Confusão e suspeitas de irregularidades marcam eleição na Câmara de Areia

A disputa contou com duas chapas: uma encabeçada pela vereadora Vanilda Honório (PSB) e outra liderada pelo vereador Biu de Mata Limpa (PSB).

Da Redação Repórter PB

02/01/2025 às 07:40

Imagem Eleição na Câmara de Areia

Eleição na Câmara de Areia ‧ Foto: Reprodução/Redes Sociais

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A eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Areia, realizada durante a posse dos vereadores, prefeito e vice-prefeito nesta quarta-feira (01), foi envolta em controvérsias, acusações de irregularidades e até ameaças. A sessão, presidida pela vereadora Nelma Carneiro Cavalcante, foi palco de debates acalorados e divergências entre os parlamentares, culminando no registro de um boletim de ocorrência.

A disputa contou com duas chapas: uma encabeçada pela vereadora Vanilda Honório (PSB) e outra liderada pelo vereador Biu de Mata Limpa (PSB). A polêmica começou durante a apuração dos votos, quando uma das cédulas apresentou marcação em caneta vermelha, diferente das demais, preenchidas em azul. Além disso, um dos vereadores deixou o plenário com a cédula em mãos, dirigindo-se à sala da presidência antes de votar.

O vereador Cláudio Gomes, da Chapa 2, levantou suspeitas sobre o processo. “Acredito que foi um voto marcado para confirmar o posicionamento de algum parlamentar previamente acordado”, afirmou.

Apesar das alegações de irregularidades e do pedido de anulação do voto divergente, a presidente da sessão manteve o resultado, declarando a vitória da Chapa 1. A Chapa 2 argumentou que, caso o voto fosse anulado, haveria empate (5 a 5), o que levaria à aplicação do regimento interno, que prevê a vitória do candidato mais votado nas urnas.

O clima de tensão foi intensificado por um incidente envolvendo Kelven, genro da vereadora Vanilda Honório, que teria ameaçado o vereador Cláudio Gomes ao dizer: “Tome cuidado e respeite que ela é uma mulher.” O episódio gerou ainda mais atrito entre os parlamentares e levou à formalização de uma queixa na delegacia.

Outra controvérsia surgiu com a realização da eleição para a mesa diretora do segundo biênio, anunciada pela nova presidente, Vanilda Honório, logo após sua posse. Segundo o regimento interno (art. 13, §1º), essa eleição deveria ocorrer com um prazo mínimo de 48 horas após convocação oficial. A Chapa 2 considerou a decisão inválida, mas foi ignorada, ampliando as dúvidas sobre a condução do processo legislativo.

Além disso, houve denúncias de interferência externa no processo decisório e da recusa em permitir o registro fotográfico da cédula contestada, alimentando ainda mais as suspeitas de irregularidades.

Fonte: Repórter PB

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