28/01/2025 às 09:37
O segundo dia de greve dos motoristas de ônibus em João Pessoa, nesta terça-feira (28), agravou os problemas enfrentados pela população da capital paraibana, que luta para se deslocar em meio à redução significativa do transporte público. A paralisação, que busca reajustes salariais e o retorno do vale-alimentação, continua sem perspectiva de solução imediata.
Apesar da determinação do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (TRT-13), que exige a circulação de 60% da frota durante a greve, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP) identificou que apenas 25,49% dos ônibus estavam em operação até o meio-dia de segunda-feira (27), descumprindo a ordem judicial. A baixa adesão intensificou o caos nas paradas, que ficaram superlotadas, enquanto passageiros enfrentavam longas esperas debaixo de chuva para tentar chegar ao trabalho, à escola ou a compromissos essenciais.
A desembargadora Herminegilda Leite Machado, que conduz o processo, determinou que os veículos em circulação sejam adesivados para facilitar a identificação, além de reforçar a fiscalização da Semob para garantir o cumprimento da decisão. No entanto, até o momento, a situação permanece desafiadora para todos os envolvidos.
A greve foi motivada por reivindicações dos motoristas, que exigem um reajuste salarial de 15% e a retomada do vale-alimentação, suspenso desde 2019. Na tentativa de mediar o impasse, uma reunião de conciliação foi realizada na segunda-feira (27), contando com a presença de representantes da categoria, das empresas de transporte e do procurador do trabalho, Márcio Roberto de Freitas Evangelista. Contudo, a negociação terminou sem acordo, e uma nova audiência foi marcada para quarta-feira (29).
Enquanto isso, os usuários do transporte público permanecem como os mais prejudicados, enfrentando deslocamentos complicados e filas intermináveis. A situação gera impacto não apenas na mobilidade urbana, mas também na economia local, com atrasos no trabalho e dificuldades para manter as atividades comerciais.
Fonte: Repórter PB
Para ler no celular, basta apontar a câmera