14/04/2025 às 11:52
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade manter a prisão preventiva do padre Egídio de Carvalho Neto, negando novo pedido da defesa para que o religioso pudesse responder ao processo em liberdade. A decisão reforça o entendimento da Corte sobre a gravidade dos fatos apurados na Operação Indignus, que investiga o suposto desvio de mais de R$ 140 milhões em recursos públicos destinados a instituições de caridade na Paraíba.
O julgamento contou com o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, seguido pelos ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Fux. No despacho, a ministra apontou indícios de desrespeito à administração pública e destacou o uso indevido de verbas que deveriam ter sido investidas em entidades como o Hospital Padre Zé, o Instituto São José e a Ação Social Arquidiocesana (ASA)
“Denota-se a ousadia dos investigados e evidente destemor e indiferença à atividade estatal”, escreveu Cármen Lúcia.
Entenda o Caso
O padre Egídio está preso desde 17 de novembro de 2023, quando foi deflagrada a segunda fase da Operação Indignus, conduzida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB). Ele é apontado como líder de um suposto esquema criminoso que teria operado contratos fraudulentos para desviar verbas públicas e adquirir bens de alto valor para uso pessoal.
No ano passado, chegou a cumprir prisão domiciliar por razões médicas, mas desde então tenta — sem sucesso — obter o direito de responder às acusações em liberdade.
A investigação continua em curso, e a expectativa é que novos desdobramentos sejam revelados nas próximas semanas.
Fonte: Repórter PB
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