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TCE aponta irregularidades em nomeação de filha do presidente da ALPB e recomenda suspensão da posse

O relatório, produzido após inspeções em órgãos estaduais, sustenta que não há registros de atividades realizadas por Alanna na função de agente de programas governamentais.

Da Redação Repórter PB

15/04/2025 às 09:20

Imagem Alanna Galdino e o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino

Alanna Galdino e o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino ‧ Foto: Reprodução

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Uma auditoria técnica do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) identificou supostas irregularidades na nomeação de Alanna Galdino para o cargo de conselheira da Corte. Filha do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), Alanna é acusada de ter ocupado um cargo comissionado na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) sem comprovação de efetivo exercício da função, o que a caracterizaria como "funcionária fantasma".

O relatório, produzido após inspeções em órgãos estaduais, sustenta que não há registros de atividades realizadas por Alanna na função de agente de programas governamentais. Além disso, ela não possuía cadastro nos sistemas utilizados pela Seplag e teria recebido cerca de R$ 647 mil ao longo dos anos em que esteve nomeada, entre 2012 e 2017 e, posteriormente, de 2019 até março de 2024.

Outro ponto levantado é a suposta falta de qualificação técnica para o cargo de conselheira. Embora tenha diploma em Direito, a auditoria aponta ausência de comprovação de experiência profissional compatível com os requisitos constitucionais, como notório saber jurídico ou atuação na administração pública.

O documento também sugere que houve nepotismo direto e cruzado, uma vez que o próprio pai, presidente da ALPB, teria articulado a nomeação, coletando assinaturas de deputados. A ausência de concorrência e de sabatina no processo de escolha também foi considerada irregular.

Diante dos indícios, a auditoria recomenda a suspensão da posse de Alanna Galdino por meio de medida cautelar, até julgamento definitivo do caso, previsto para o dia 23 de abril. O relatório ainda propõe o envio das informações ao Ministério Público da Paraíba (MPPB), para apuração de possível ato de improbidade administrativa e dano ao erário.

O caso também é alvo de questionamento pelo Ministério Público de Contas (MPC), que aponta violações a princípios constitucionais e ausência de requisitos legais para a nomeação.

Fonte: Repórter PB

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