18/04/2025 às 11:08
A chegada do ex-deputado federal Pedro Cunha Lima à presidência estadual do PSD na Paraíba condiciona uma nova etapa na trajetória da sigla no estado. A mudança, articulada pelo presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, foi oficializada no dia 11 de março de 2025 e marca um reposicionamento político — tanto mais distante do governo Lula, quanto independente do bolsonarismo.
Pedro deixa o PSDB, legenda onde construiu toda sua carreira, para assumir o comando de um PSD mais alinhado com as forças de oposição estadual, rompendo com o grupo liderado pela senadora Daniella Ribeiro, que deixou a sigla após a troca de comando.
Daniella, que tem forte ligação com o governador João Azevêdo (PSB) e cujo filho, Lucas Ribeiro, é o atual vice-governador, alegou incompatibilidade política com os Cunha Lima como motivo para sua saída.
O movimento nas hostes da politico paraíbana não apenas uma mudança local, mas acompanha uma tendência nacional. O PSD, apesar de contar com a maior bancada no Senado e comandar quase 900 prefeituras no país, tem demonstrado insatisfação com seu espaço no governo federal, especialmente na distribuição de ministérios. Internamente, há quem defenda uma postura mais autônoma em relação ao Palácio do Planalto, o que pode influenciar futuras votações no Congresso e a formação de alianças para 2026.
Na Paraíba, o novo comando pode fortalecer a presença do grupo Cunha Lima e ampliar sua influência no tabuleiro político estadual, reposicionando o PSD como um ator estratégico no cenário de oposição.
Para apimentar ainda mais esse quadro, recentes pesquisas apontam na Paraíba, projetação de Cassio Cunha Lima poder disputar ao senador, embora o filho, Pedro Cunha Lima se posicione como pré-candidato ao Governo do Estado. Pedro até vem mudando seu discurso mais para a ala conservadora, se posicionando com temas sensível nacional, a exemplo da anista para os envolvidos no episodio do dia 8/1, e falas que agradam os bolsonaristas, diferente de 2022 que optou para manter um discurso meio temo, em cimo do muro, terminou perdendo para governador no segundo turno por não transparecer confiabilidade para os conservadores.
Após aprender a lição, Pedro Cunha Lima começou a discutir assuntos sensíveis defendidos pelos patriotas, objetivando modular na mesma frequência numa demostração que aprendeu com os erros do passado.
Fonte: Repórter PB
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