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Cuidados

Trauma de João Pessoa alerta sobre acidentes domésticos nas férias escolares

Em 2024, o complexo pediátrico registrou 8.082 atendimentos por acidentes domésticos.

Da Redação Repórter PB

14/01/2025 às 16:40

Imagem Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa

Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa ‧ Foto: Reprodução

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Com as férias escolares e as crianças passando mais tempo em casa, é necessária uma atenção especial por parte dos pais, responsáveis e cuidadores, já que acidentes domésticos podem ocorrer em momentos de distração. O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, atendeu somente este ano - de 1 a 12 de janeiro - mais de 300 crianças vítimas de acidentes domésticos, com destaque para as quedas, que somaram 166 casos.

Para o diretor-geral da instituição, Laecio Bragante, os tipos de acidentes mais comuns nas férias são a ingestão ou introdução de corpo estranho (como brinquedos, moedas e baterias), quedas da própria altura (como tombos), quedas de cama ou sofá, queimaduras e quedas de escada. “Os acidentes dentro de casa representam 50% dos casos de crianças de 0 a 12 anos. A prevenção é o único caminho possível. Prevenir significa criar ambientes seguros e manter vigilância constante”, explicou.

Em 2024, o complexo pediátrico registrou 8.082 atendimentos por acidentes domésticos. Os principais motivos foram: quedas (4.247), corpo estranho (1.716), pancadas (678), trauma (472), acidente de bicicleta (236), queimaduras (214), cortes (156), atropelamentos (147), queda de escada (68), agressão animal (67), choques (23), queda de árvore (15) e afogamento (18), entre outros. Os meses de janeiro e dezembro foram os de maior número de entradas para atendimentos. Por isso, a unidade reforça as ações de conscientização da população para a prevenção desses acidentes.

Segundo o coordenador da Pediatria do Hospital de Trauma, Roberto Leitão, as quedas são as mais frequentes nos atendimentos de emergência infantil, e qualquer queda que seja o dobro da altura da criança já é considerada uma grande altura. “Escadas, móveis como cama, sofá e mesa são potenciais causadores de acidentes com os pequenos. Mas o maior perigo em casa são as quedas de janelas. Não precisa ser uma janela de prédio; se a criança pula de uma janela, mesmo em uma casa de um andar, já há um risco grande de lesões graves. Elas devem estar teladas, e escadas sempre protegidas”, finalizou.

Outra ocorrência bastante frequente dentro de casa é a que envolve 'corpos estranhos', que se referem a qualquer objeto ou substância ingeridos ou colocados pela criança nas narinas ou nos ouvidos. No Hospital de Trauma, esse tipo de ocorrência foi o terceiro mais frequente em 2024, ficando atrás apenas das quedas e dos acidentes de trânsito. Grãos, como castanhas, milho de pipoca, feijão cru e amendoim, oferecem um risco maior se aspirados, ou seja, se entrarem nas vias aéreas.

O coordenador da Pediatria explicou que, quando ocorre a aspiração, o corpo estranho obstrui a entrada e a saída do ar, causando asfixia. Se ele vai para o pulmão, a gravidade é ainda maior, pois pode causar inflamações e até pneumonia. “A imaturidade da criança pode fazê-la se engasgar com mais facilidade, aumentando o risco da aspiração ao invés da ingestão. As vias aéreas são menores, o que significa que o corpo estranho tem um impacto maior, resultando em asfixia mais grave do que em crianças maiores”, salientou.

Algumas dicas para evitar acidentes em casa:
Cobrir tomadas com proteção adequada;
Proteger pilhas e baterias de objetos com fita para evitar que sejam engolidas;
Não deixar objetos pequenos, cortantes e perfurantes ao alcance de crianças;
Não deixar produtos químicos, medicamentos e inflamáveis ao alcance de crianças;
Nunca deixar crianças pequenas sozinhas no banho ou em qualquer recipiente com água (o afogamento pode ocorrer em segundos!);
Instalar grades de pelo menos 1,20 metro nas bordas das piscinas;
Ter supervisão exclusiva de adultos em ambientes de piscina (não dividir a atenção com celulares, livros, etc.);
Usar boias aquáticas específicas para o tamanho da criança quando os pequenos forem nadar.

Fonte: Repórter PB

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