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Boletim Epidemiológico

Paraíba reduz novos casos de hanseníase, mas números da doença ainda preocupam

Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, apesar da queda em novas incidências, a carga da hanseníase na Paraíba é considerada alta.

Por Redação do Reporterpb

19/01/2025 às 09:04

Imagem Pessoa com sintoma de hanseníase

Pessoa com sintoma de hanseníase ‧ Foto: SEE

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A Paraíba apresentou uma redução de novos casos de hanseníase em 2024. De acordo com a Secretaria de Saúde, os registros saíram de 463 no ano anterior, para 416. Embora o número de novos casos tenha diminuído em relação a 2023, 64 municípios coincidem nos registros de ambos os anos. O boletim constata que a Paraíba apresenta uma carga alta da doença.

As principais medidas no combate à doença são: o diagnóstico precoce, o tratamento regular e a avaliação dos contatos.das pessoas infectadas.

A hanseníase tem um tempo de incubação longo, de dois a sete anos. Por isso, é importante que as pessoas em contato com infectados sejam examinadas. Na Paraíba, em 2024, 75% dos 952 contatos de casos novos de hanseníase foram examinados. A recomendação é realizar a avaliação dos contatos uma vez ao ano por pelo menos cinco anos.

Uma outra face do diagnóstico precoce é a prevenção da incapacidade física, que é uma escala que classifica os tipos e graus de prejuízo no desempenho ocupacional.

A médica relata que, ao examinar o paciente e observar que ele apresenta algum grau de incapacidade física, já é uma indicação de que o diagnóstico foi tardio e que o paciente já convive com a doença há muito tempo. O grau zero dessa escala corresponde ao paciente que, embora tenha a hanseníase, não apresenta sinais de incapacidade. O grau um é caracterizado por alterações na sensibilidade protetora ou na força muscular, enquanto o grau dois envolve deformidades visíveis, como cegueira, atrofia muscular ou 'garra'.

O boletim epidemiológico da SES revela que 321 dos 416 novos casos, apresentaram essas sequelas. Dos outros casos, 45 foram informados como “não avaliados” e 50 permanecem sem informações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Adolescentes com menos de 15 anos

A taxa da hanseníase em menores de 15 anos aponta que há alta transmissão. Esse indicador demonstra que há exposição precoce e ações insuficientes para detecção. A SES alerta que as ações para identificar casos ainda são insuficientes e devem ser intensificadas especialmente nos municípios que apresentam maior incidência:

  • Cabedelo (1)
  • Mamanguape (1)
  • Santa Rita (1)
  • Araçagi (1)
  • Guarabira (1)
  • Areia (1)
  • Campina Grande (1)
  • Conceição (3)
  • Brejo do Cruz (1)
  • Itabaiana (1)

Sintomas da hanseníase

A hanseníase afeta principalmente a pele e os nervos periféricos, causando manchas esbranquiçadas, avermelhadas, nódulos e alterações na sensibilidade da pele, como dificuldade para sentir calor, frio, tato ou dor. Em alguns casos, pode ocorrer a forma neural pura, sem lesões na pele, mas com sintomas como formigamento, dormência nas mãos e pés, e perda de força muscular. Ao perceber esses sintomas, é fundamental procurar um médico, que fará uma avaliação clínica e, se necessário, exames complementares para confirmar ou descartar o diagnóstico.

Ainda de acordo com o boletim, a doença continuou presente em 64 municípios da Paraíba tanto em 2023 quanto em 2024. Por isso, a incidência da hanseníase no estado é considerada alta.

Fonte: G1 Paraíba

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