Sousa/PB -
Hanseníase

Grupo de Autocuidado do Clementino Fraga faz roda de conversa no encerramento da programação do Janeiro Roxo

Além disso, teve a entrega da terceira edição da revista em quadrinhos - versão impressa - “Turma da Gente”, fruto de um projeto de extensão do Instituto Federal de Educação da Paraíba (IFPB).

Por Redação do Reporterpb

05/02/2025 às 17:39

Imagem Grupo de Autocuidado do Clementino Fraga faz roda de conversa no encerramento da programação do Janeiro Roxo

Grupo de Autocuidado do Clementino Fraga faz roda de conversa no encerramento da programação do Janeiro Roxo ‧ Foto: Secom

Tamanho da Fonte

O Complexo de Doenças Infectocontagiosas Clementino Fraga, unidade da Rede Hospitalar do Governo da Paraíba, realizou nesta quarta-feira (5), pela manhã, o encerramento do Janeiro Roxo - campanha de conscientização da hanseníase - com uma roda de conversa do Grupo de Autocuidado em Hanseníase, entre pacientes, ex-pacientes e profissionais de saúde. Além disso, teve a entrega da terceira edição da revista em quadrinhos - versão impressa - “Turma da Gente”, fruto de um projeto de extensão do Instituto Federal de Educação da Paraíba (IFPB).

O projeto é coordenado pela professora Rackynelly Soares. “A revista foi lançada em 2024 de forma eletrônica. Hoje, viemos entregar a versão impressa aos pacientes e ex-pacientes do Clementino, pois foi um compromisso nosso, já que o personagem da revista é inspirado em um funcionário e ex-paciente do hospital”, destacou.

A professora explicou ainda que a revista tem como público-alvo as crianças. “Na publicação, tratamos a desinformação e colocamos tudo em uma linguagem infanto-juvenil. Escolhemos assim, para poder educar a base, sabendo que as crianças são ótimas multiplicadoras de informação. É importante dizer que, mesmo em uma linguagem que crianças e jovens entendam, todo o conteúdo foi tecnicamente validado por uma equipe da Secretaria de Estado da Saúde”, informou.

O diretor técnico do hospital, Fernando Chagas, ressaltou que a hanseníase, apesar de ser uma doença muito antiga, ainda existe, mas tem tratamento gratuito e cura. “Temos que incentivar o diagnóstico precoce para que possamos tratar e evitar as sequelas. Por isso, um grupo como este do Clementino é tão importante, pois quem participa vira multiplicador da informação”, disse.

Francisca da Piedade é paciente em tratamento para hanseníase e esteve na reunião do Grupo de Autocuidado pela primeira vez. “A descoberta da doença ainda é recente e ainda me abalo muito. Aqui no hospital recebi todas as informações e o tratamento e fui acolhida com carinho. Quando eu descobri esse grupo, veio uma sensação de alívio, por saber que outras pessoas que já passaram pelo que eu ainda estou vivendo estão bem e vão me apoiar. Estarei sempre nas reuniões”, falou.

Maria da Consolação descobriu a doença há 10 anos e hoje convive com as sequelas, pois tem neuropatia periférica, o que causa dores em seus pés. “Eu descobri rápido, pois tinha informação do que poderia ser, por isso, minhas sequelas são poucas, mas o que me ajuda mesmo são as sandálias feitas aqui no hospital. Elas são leves, parecem plumas e não machucam meus pés”, explicou.

As sandálias que Consolação se referiu são produzidas na oficina de calçados e palmilhas do Clementino Fraga, sob medida, por um sapateiro - especialista em calçados para este público - em parceria com a equipe de fisioterapia do Clementino. Por ano, são confeccionados, em média, 300 calçados.

Grupo de Autocuidado: o GAC tem reuniões toda primeira quarta-feira do mês, às 8h30, no auditório do hospital. Durante os encontros, profissionais de saúde, ex-pacientes, pacientes e seus familiares falam sobre tratamento, sequelas, dificuldades e também das suas vitórias, trocando experiências de vida.

Fonte: Secom

Ads 728x90

QR Code

Para ler no celular, basta apontar a câmera

Comentários

Aviso Legal: Qualquer texto publicado na internet através do Repórter PB, não reflete a opinião deste site ou de seus autores e é de responsabilidade dos leitores que publicam.