25/03/2025 às 15:30
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (NDants), promoveu, nesta terça-feira (25), a “Capacitação para o Tratamento do Fumante” destinada aos profissionais de saúde dos 47 municípios prioritários da 1ª Macrorregião de Saúde. O objetivo é fortalecer o tratamento do fumante e estimular a expansão do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) nos municípios. A ação acontece no auditório da Escola de Saúde Pública (ESP), na capital, das 8h às 16h.
Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde - Vigitel -, para monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis, na Paraíba, 8,6% da população adulta (acima de 20 anos), é fumante, ou seja, 243.493 paraibanos.
De acordo com a chefe do NDants, Gerlane Carvalho, o objetivo da capacitação é reduzir o número de fumantes no estado. “Durante esse evento, os profissionais são capacitados para acolher e tratar fumantes, principalmente nos municípios prioritários, que são aqueles que preencheram o formulário de monitoramento do Inca, no último mês de janeiro, para atendimento entre maio e agosto de 2025”, explicou.
Foram abordados temas como “Tratamento do tabagismo na Rede SUS”; “Cenário do Programa de Controle do Tabagismo na Paraíba”; “Análise da Paraíba referente aos Programas que corroboram para o enfrentamento das doenças crônicas e agravos não transmissíveis” e “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para o tratamento do tabagismo” - tema da palestra da pneumologista Gerlânia Simplício, que faz parte do Comitê Estadual de Combate ao Tabagismo e da Sociedade Paraibana de Pneumologia.
A médica destacou que a abstinência é o que faz com que o fumante tenha pouca adesão ao tratamento. “Para as pessoas com a síndrome de abstinência, que, geralmente, dá em quem tem uma dependência maior, é prescrito o tratamento medicamentoso porque os efeitos da abstinência fazem com que o fumante tenha pouca adesão ao tratamento. Daí a importância de ter apoio psicológico, terapia em grupo e apoio medicamentoso e tudo isso é ofertado nesse Programa”, falou, lembrando ainda que o tabagismo é uma doença e é também fator de risco para outras doenças graves, principalmente as que acometem o coração, cérebro e pulmão. “E agora a gente tem o cigarro eletrônico que também contém nicotina e, dessa forma, causa dependência e deve ser tratado com apoio medicamentoso”, alertou.
Tratamento do Fumante - Na Paraíba, em 2024, o PNCT atendeu 3.060 fumantes, sendo 1.560 homens (50,9%) e 1.500 (49,1%) mulheres. De acordo com a faixa etária dos fumantes atendidos, 162 fumantes são menores de 18 anos (5,2%); 2.285 são maiores de 18 e menores de 60 anos (74,6%) e 613 são fumantes idosos, maiores de 60 anos (20,0%).
Mortalidade - Segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), o câncer de pulmão é a forma mais mortal de câncer relacionada ao tabagismo. Fumar é responsável por 85% dos casos de câncer de pulmão. O risco de desenvolver câncer de pulmão está diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados por dia e a duração do hábito de fumar. Na Paraíba, foram registrados 491 óbitos por câncer de pulmão, em 2024 e 541 óbitos, em 2023.
Na Paraíba, são 185 municípios prioritários (47 da 1ª Macro; 56 da 2ª e 82 da 3ª), com estimativa para desenvolver o Programa em Unidades Básicas de Saúde e Unidades Especializadas (Caps, policlínicas, hospitais). A mesma qualificação será realizada, posteriormente, para os municípios prioritários da 2ª Macro, em Campina Grande e para os municípios prioritários da 3ª Macro, em Patos.
Fonte: Repórter PB
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