13/11/2024 às 09:52
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta terça-feira (12), o Boletim Epidemiológico nº 11/2024, revelando um aumento significativo nos casos de arboviroses na Paraíba. Até a Semana Epidemiológica 44, encerrada em 2 de novembro, foram registrados 15.535 casos prováveis de doenças transmitidas por mosquitos, sendo a dengue responsável por 89,01% das ocorrências, seguida de chikungunya (10,44%) e zika (0,55%).
Ao todo, 11 óbitos confirmados foram decorrentes de dengue, atingindo municípios como Cabedelo (1), Camalaú (1), Campina Grande (2), Catolé do Rocha (1), Conde (1), João Pessoa (2), Lucena (1), Massaranduba (1) e São João do Rio do Peixe (1). Em relação à chikungunya, houve cinco mortes em cidades como Monteiro e Sapé. Não foram registrados óbitos por zika até o momento, enquanto duas mortes ainda estão em investigação em Riachão e São Vicente do Seridó.
Os dados indicam uma alta expressiva no número de casos de dengue, que subiram 110,75% em relação a 2023, principalmente nas regiões de saúde de João Pessoa, Sousa e Cajazeiras. Embora os casos de chikungunya também tenham aumentado (22%), as ocorrências de zika apresentaram uma redução de 21% comparado ao ano anterior.
Para Carla Jaciara, técnica responsável pela área de arboviroses na SES, o combate a essas doenças exige ações contínuas e um engajamento tanto do poder público quanto da população. A SES anunciou, ainda, a Semana de Mobilização Estadual para Intensificação do Combate à Dengue, que ocorrerá de 25 a 29 de novembro em todos os municípios.
O boletim também alerta sobre a febre do Oropouche, uma arbovirose que apresenta sintomas semelhantes à dengue e já teve cinco casos confirmados na Paraíba. Embora todos tenham sido leves, Carla Jaciara destaca a importância de prevenir picadas do mosquito maruim, transmissor da doença. “Repelente é imprescindível, especialmente para gestantes. E quem frequenta áreas com casos confirmados, como João Pessoa, Campina Grande e estados vizinhos, como Pernambuco, deve redobrar os cuidados”, orienta.
A SES reforça a necessidade de a população eliminar criadouros de mosquitos, inspecionando residências e áreas externas para evitar locais de acúmulo de água.
Fonte: Repórter PB
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