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aije em Cajazeiras

R$ 21 milhões sob suspeita: denúncia ameaça mandato da prefeita eleita de Cajazeiras

De acordo com a denúncia, o atual prefeito de Cajazeiras, José Aldemir Meireles de Almeida, teria promovido contratações em massa por “excepcional interesse público”,

Da Redação Repórter PB

16/12/2024 às 20:00

Imagem Zé Aldemir, e Socrro Delfino

Zé Aldemir, e Socrro Delfino ‧ Foto: redes sociais

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A coligação Mudar para Crescer, composta pelos partidos Republicanos, Mobiliza, PSB e Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), apresentou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra a prefeita eleita de Cajazeiras, Maria do Socorro Delfino Pereira, e sua vice, Christiane Gambarra de Araújo Dantas. A ação aponta abuso de poder político e econômico, com a utilização indevida da máquina pública durante o período eleitoral de 2024.

De acordo com a denúncia, o atual prefeito de Cajazeiras, José Aldemir Meireles de Almeida, teria promovido contratações em massa por “excepcional interesse público”, além de firmar contratos com empresas terceirizadas para beneficiar politicamente a chapa de situação. A coligação acusa a gestão municipal de manipular os recursos públicos em ano eleitoral, resultando em um aumento exponencial de gastos com mão de obra terceirizada.

Segundo a denúncia, nos três meses que antecederam as eleições municipais, houve uma série de contratações de servidores, prática que é vedada pela legislação eleitoral. Além disso, contratos milionários com empresas terceirizadas foram firmados e renovados ao longo de 2023 e 2024, com destaque para as seguintes empresas:

> Maxicasa Comércio Construções e Serviços Ltda – ME
> Construpav Construtora Ltda.
> COOPBRAS – Cooperativa de Trabalho Produção de Bens e Serviços do Brasil

A coligação destaca que, em 2023, foram pagos cerca de R$ 3 milhões às empresas terceirizadas. Já em 2024, ano das eleições, esse valor saltou para impressionantes R$ 21,6 milhões em apenas 10 meses, representando um aumento de 620% sem justificativa aparente.

Além das contratações suspeitas, a ação destaca que 98 contratados pela COOPBRAS já haviam mantido vínculos diretos com a Prefeitura em anos anteriores, o que reforça a tese de critérios políticos na seleção dos funcionários. Há ainda indícios de familiares de agentes políticos aliados das investigadas ocupando vagas nas empresas contratadas.

Outro ponto crítico foi a contratação, em novembro de 2023, do Instituto de Gestão Social de Pernambuco (IGESPE), sem licitação, para prestação de serviços complementares na área da saúde. O contrato, firmado no fim de 2023, só começou a ser pago em 2024, totalizando R$ 13,9 milhões até outubro deste ano.

Caso as acusações apresentadas sejam comprovadas pela Justiça Eleitoral, as sanções podem ser severas. Entre as possíveis penalidades estão:

. Cassação dos diplomas da prefeita e vice-prefeita eleitas, impedindo que tomem posse.
. Inelegibilidade por oito anos das candidatas e demais envolvidos nas irregularidades.
. Anulação das eleições, com a convocação de um novo pleito municipal.
. A denúncia, registrada sob o número AIJE Nº 0600582-75.2024.6.15.0068, representa um capítulo delicado para a política de Cajazeiras e coloca em xeque a legitimidade do processo eleitoral.

Prefeitura e investigadas não se pronunciaram

Até o momento, a gestão municipal e as candidatas mencionadas não emitiram nota oficial sobre as acusações. A coligação Mudar para Crescer solicita celeridade na análise da ação e reforça a necessidade de transparência e justiça no uso dos recursos públicos.

Fonte: Repórter PB

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