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foi pro saco

Prefeito Fábio Tyrone critica neutralidade de Zenildo Oliveira e coloca vice-prefeito "no saco"

Em tom irônico e usando metáforas fortes, Tyrone lamentou a ausência de Zenildo nas campanhas e eventos políticos que marcaram a corrida eleitoral

Por Pereira Jr. • Articulista Polí­tico

07/10/2024 às 21:42

Imagem Zenildo Oliveira e Fábio Tyrone

Zenildo Oliveira e Fábio Tyrone ‧ Foto: divulgação

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As declarações contundentes do prefeito de Sousa, Fábio Tyrone (PSB), durante entrevista ao jornalista Gilberto Videres na manhã desta segunda-feira (07), em meio às comemorações pela vitória do seu sucessor, Helder Carvalho (PSB), têm repercutido intensamente nos meios políticos da cidade. Tyrone, visivelmente insatisfeito com a postura adotada por seu vice-prefeito, Zenildo Oliveira, durante o processo eleitoral, foi taxativo ao afirmar que o antigo aliado político “foi pro saco”, termo que na linguagem popular denota um fim abrupto ou a eliminação de um adversário no cenário político.

Em tom irônico e usando metáforas fortes, Tyrone lamentou a ausência de Zenildo nas campanhas e eventos políticos que marcaram a corrida eleitoral. A relação entre os dois, que começou na década de 90 e se solidificou com vitórias eleitorais em 2016 e 2020, sofreu um abalo significativo após divergências em 2022, quando Zenildo se distanciou da gestão municipal e, mais tarde, renunciou à candidatura que, segundo muitos, era “natural” para suceder Tyrone.

O prefeito eleito, Helder Carvalho, viu sua candidatura crescer dentro do grupo situacionista, o que culminou na desistência pública de Zenildo em novembro de 2023, o qual por outro lado, viu sua pré-candidatura natural derreter. A partir desse momento, Zenildo, que até então mantinha uma participação ativa nas atividades administrativas e políticas, desapareceu completamente dos eventos de campanha, incluindo o lançamento oficial da candidatura de Helder e as movimentações políticas subsequentes.

Declarações de Tyrone: ruptura definitiva com Zenildo?

Durante a entrevista, Tyrone deixou claro que a postura adotada por Zenildo no período eleitoral não foi apenas uma questão de neutralidade, mas sim de uma ausência total de compromisso com o grupo que os levou à vitória nas duas últimas eleições. "Ele [Zenildo] não se manifestou nenhuma vez. Vice-prefeito da cidade, e não se manifestou", disse Tyrone, ainda demonstrando surpresa e frustração com a atitude de seu vice.

O ponto alto da fala de Tyrone foi quando ele revelou que, apesar de ter compreendido as ocupações empresariais de Zenildo, esperava que o então vice-prefeito tivesse feito ao menos uma declaração pública de apoio a Helder Carvalho. "Quando ele declinou da candidatura, ele deveria ter dito: ‘votaria em qualquer candidato do grupo’. Ele não fez sequer uma menção pública em quem votaria", afirmou Tyrone, reiterando sua decepção.

Ao final, Tyrone sentenciou o rompimento com Zenildo de forma categórica: “Ele é um homem de muitos negócios, um cidadão de bem, mas politicamente a nota é zero. Vai pro saco, e isso eu digo com dor”.

Parceria política de anos “foi pro saco”?

A relação entre Fábio Tyrone e Zenildo Oliveira, que começou nos negócios na década de 90 e se transformou em uma parceria política vitoriosa, parece ter chegado ao fim. O rompimento que já vinha se desenhando desde novembro de 2023, quando Zenildo renunciou à candidatura à prefeitura, ganhou contornos definitivos com a fala de Tyrone, que não poupou críticas ao ex-aliado.

Zenildo, que até o momento permanece em silêncio, ainda ocupa o cargo de vice-prefeito até 31 de dezembro de 2024, mas sua trajetória política dentro do grupo situacionista parece ter sido encerrada com essa entrevista. A ausência de Zenildo nos momentos cruciais da campanha de Helder Carvalho gerou não apenas insatisfação entre os correligionários, mas também uma quebra de confiança com o próprio Tyrone, que viu na atitude de seu vice-prefeito um sinal claro de descompromisso político.

Analistas políticos locais acreditam que a fala de Tyrone marca o fim definitivo da parceria entre os dois, e que os desdobramentos dessa ruptura poderão ser sentidos nas próximas eleições municipais e nas futuras articulações políticas em Sousa.O silêncio de Zenildo, ainda impera.

Tenho Dito,

Pereira Júnior 

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