23/11/2024 às 08:38
Deputado Bosco Carneiro com o Governador, João Azevedo ‧ Foto: divulgação
O governador João Azevêdo (PSB) retornou das férias com uma agenda política intensa, buscando recompor forças após insatisfações surgidas na base aliada durante as eleições municipais. Em uma estratégia bem calculada, ele passou a investir não apenas na pacificação interna, mas também na atração de novos aliados da oposição, consolidando seu espaço político na Assembleia Legislativa.
A principal movimentação veio com a adesão do deputado Bosco Carneiro (Republicanos), que oficializou sua saída da oposição. Além disso, o governador convidou Michel Henrique (Republicanos), que ainda avalia o alinhamento com o Executivo. Esse esforço demonstra uma ação preventiva de João Azevêdo para se blindar de eventuais desfalques em sua bancada, enquanto fortalece sua posição para os próximos anos de mandato.
Outro ponto relevante foi a nomeação de Thulio Serrano, ligado à deputada Cida Ramos (PT), para um cargo estratégico no governo. Essa medida é vista como um passo na aproximação do PT com a gestão estadual, em um momento de distanciamento de Cida em relação ao ex-governador Ricardo Coutinho. Além disso, o encontro do governador com Luciano Cartaxo (PT) reforça a mensagem de que divergências eleitorais podem ser deixadas de lado em nome de uma agenda política comum.
A oposição, liderada por George Morais (União), reagiu apontando que os movimentos do governo são uma resposta às recentes demonstrações de força em Brasília por senadores como Veneziano Vital do Rêgo e Efraim Filho, que têm atraído lideranças municipais. Morais classificou a ação de Azevêdo como uma "reação ao cenário adverso" pós-eleições, especialmente após derrotas estratégicas, como a de Campina Grande.
As ações de João Azevêdo revelam um esforço para consolidar o apoio parlamentar em um cenário marcado por disputas e reconfigurações políticas. Sua estratégia de atrair aliados e recompor laços enfraquecidos pode ser decisiva para garantir a governabilidade em um momento político sensível.
Por Pereira Júnior
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