30/11/2024 às 08:08
Deputado Federal, Hugo Motta ‧ Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados
Em visita a Alagoas, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, defendeu uma abordagem equilibrada do Judiciário no julgamento dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Durante uma reunião com lideranças políticas locais, Motta fez uma análise sobre as consequências desses eventos para a democracia e os desdobramentos na Câmara.
O parlamentar ressaltou a importância de diferenciar os níveis de responsabilidade dos envolvidos. “Acredito que o julgamento deve ser justo. Não é adequado aplicar penas severas a quem não participou ativamente das depredações. É necessário avaliar cada caso com serenidade e senso de justiça”, afirmou Motta, sugerindo que nem todos os presentes devem ser tratados de forma homogênea.
Motta reconheceu que o tema continua a dividir os parlamentares. Segundo ele, há um intenso debate em curso entre os que defendem a anistia aos manifestantes que não cometeram atos violentos e os que acreditam que a punição deve ser aplicada de forma rígida a todos. “O que vemos na Câmara é um cenário polarizado. Existem aqueles que defendem a anistia como um passo de reconciliação e outros que consideram qualquer proposta nesse sentido inaceitável”, declarou.
Apesar das divergências, o deputado lamentou o episódio de 8 de janeiro, classificando-o como um marco triste na história recente do Brasil. “Foi um momento de extrema gravidade para a nossa democracia, algo que não pode ser repetido. Precisamos aprender com os erros e buscar fortalecer nossas instituições”, concluiu.
Com a disputa pela presidência da Câmara se aproximando, a postura de Hugo Motta sobre temas delicados como o julgamento dos envolvidos nos atos antidemocráticos pode influenciar sua candidatura. Ao enfatizar a necessidade de moderação e justiça, ele busca se posicionar como um articulador capaz de unir os diferentes grupos que compõem o Congresso.
Por Pereira Júnior
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