02/01/2025 às 17:33
Zenildo e Fábio Tyrone terminam mandado rachados na política ‧ Foto: divulgação
No dia 7 de outubro, após o encerramento das eleições municipais em Sousa, o prefeito Fábio Tyrone comemorou a vitória do ex-chefe de gabinete, Dr. Helder Carvalho, eleito prefeito pela vontade popular. A campanha foi marcada por peculiaridades, com momentos de acirramento, mas dentro do esperado para o processo eleitoral. Helder venceu seu adversário, Dr. Gilberto Gomes Sarmento, com uma expressiva maioria superior a 7 mil votos.
O processo que culminou na vitória de Helder teve início bem antes, ainda em 2020, com a reeleição de Fábio Tyrone ao lado de seu vice, o empresário Zenildo Oliveira, que se tornou, então, o candidato natural à sucessão em 2024. O grupo político que parecia homogêneo começou a mostrar rachaduras em 2022, quando a eleição para a mesa diretora da Câmara Municipal elegeu o vereador Novinho de Carlão, contrariando interesses internos. A partir daí, importantes nomes, como o ex-prefeito João Estrela e Dr. Gilberto Gomes Sarmento, distanciaram-se politicamente.
O percurso político de Zenildo Oliveira tomou um rumo inesperado em 14 de novembro de 2023, quando ele anunciou publicamente sua desistência como candidato à sucessão de Fábio Tyrone. A decisão surpreendeu não apenas o grupo político, mas também o próprio prefeito. Após o anúncio, Zenildo sumiu das agendas oficiais da prefeitura, marcando o início de um afastamento que chamou atenção na cena política local.
No mesmo dia, em entrevista ao programa REPORTERPB no Rádio, Fábio Tyrone lamentou a decisão de Zenildo, revelando insatisfações sobre acordos políticos passados. Durante a entrevista, Tyrone declarou: “Eu sei de muita coisa. Nunca me vendi, mas comprei muita gente, infelizmente”, uma fala que reverberou intensamente nos bastidores políticos.
Com a saída de Zenildo do cenário, o então chefe de gabinete, Dr. Helder Carvalho, foi lançado como candidato à sucessão. Em dezembro, Zé Célio aceitou o convite para ser vice-prefeito na chapa, e ambos foram confirmados na convenção. A vitória veio de forma contundente, com Helder sendo eleito, diplomado e, em 1º de janeiro de 2025, empossado como novo gestor municipal.
Notavelmente, Zenildo Oliveira não participou da campanha de Helder, nem apareceu nos palanques ou pedindo votos, reforçando ainda mais o afastamento político entre ele e Fábio Tyrone.
Após a vitória, Fábio Tyrone comentou sobre o comportamento de Zenildo durante o período eleitoral, classificando-o como uma “decepção”. A frase “Por isso, o colocava no saco” gerou ampla repercussão nos meios políticos. Desde então, Zenildo manteve-se em silêncio, sem responder às declarações do ex-prefeito.
Agora, em 2025, as perguntas que pairam sobre o cenário político são: Zenildo Oliveira apoiará Fábio Tyrone, que já se posiciona como pré-candidato a deputado federal? Ou ele próprio se lançará candidato a deputado estadual ou federal? Sua resposta às provocações de Tyrone virá nas urnas ou no silêncio estratégico?
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O desenrolar dessa história promete movimentar o cenário político sousense. Conhecendo Zenildo Oliveira como muitos o conhecem, as respostas para essas questões podem estar mais próximas do que se imagina.
Tenho Dito,
Pereira Júnior
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