03/01/2025 às 14:16
Senador Efraim e Romero Rodrigues ‧ Foto: rede social
Com mais de um ano de antecedência, a Paraíba começa a vivenciar o clima da sucessão estadual de 2026. Figuras políticas de destaque já iniciaram as movimentações nos bastidores, levantando debates sobre como definir o melhor nome para disputar o governo. Para alguns, a antecipação desse processo é uma oportunidade de articulação estratégica; para outros, pode desviar o foco de questões imediatas e prejudicar grupos políticos menos estruturados.
Entre os opositores, o deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) tem defendido que a escolha do candidato ao governo deve ser baseada em pesquisas de opinião, priorizando a preferência popular. Ele reforça que a decisão precisa ser democrática e não fruto de imposições.
“É essencial ouvir a população e identificar quem está mais preparado do ponto de vista eleitoral. Impor um nome seria um erro estratégico que poderia fragilizar a união da oposição”, declarou Romero.
Apesar de confirmar sua intenção de disputar o cargo de governador, Romero também mantém a possibilidade de concentrar-se em sua reeleição para a Câmara Federal, sugerindo que a definição deve ocorrer com cautela. Lembrar também que Romero já disistiu de ser candidato em outras oportunidades. A credibilidade da fala de Romero, anda em baixa neste momento com os Paraibanos. Romero pode não inspirar confiança no que fala sobre seu projeto para o Governo do Estado.
O senador Efraim Filho (União Brasil) concordou com a estratégia, destacando que o uso de pesquisas é uma forma de garantir inteligência política e planejamento. “A oposição está comprometida em construir um nome sólido, fruto de diálogo e planejamento estratégico, para oferecer à Paraíba uma alternativa consistente em 2026”, afirmou.
Embora a antecipação do debate eleitoral possa ser vista como uma oportunidade para articulações mais cuidadosas, especialistas alertam que isso pode trazer prejuízos. Grupos políticos menores ou em fase de reorganização podem ser desfavorecidos, enquanto temas urgentes da gestão pública correm o risco de serem deixados em segundo plano.
Para a democracia, o benefício está na possibilidade de amadurecimento do processo eleitoral e na criação de um ambiente de maior transparência. No entanto, o risco de polarização precoce e desgaste das lideranças também não pode ser ignorado.
Com o cenário já aquecido, a expectativa é que os próximos meses tragam definições mais claras sobre alianças e possíveis candidaturas. O desafio será equilibrar o diálogo democrático com a responsabilidade de atender às demandas da população no presente.
Por Pereira Júnior - Comentarista, e analista politico, editor chefe do Portal REPORTERPB
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