O não de Deusdete abre espaço para aliados na sucessão ao governo do estadual

A declaração do secretário de Infraestrutura da Paraíba, Deusdete Queiroga, nesta terça-feira (07) confirmando que não será pré-candidato ao governo do estado em 2026, reorganiza o tabuleiro político da base governista e revela nuances importantes na construção de alianças para as próximas eleições.

O sousense, Deusdete, tido como um dos nomes cogitados para suceder o governador João Azevêdo, reafirmou suas metas na gestão estadual e descartou qualquer movimentação eleitoral pessoal. “Eu não sou candidato a governador, deixando bem claro”, afirmou categoricamente, indicando que sua prioridade é a continuidade e a consolidação dos projetos em andamento.

Com essa fala dita, Deusdete deixou claro que, caso João Azevêdo confirme sua candidatura ao Senado, outro nome do PSB dificilmente terá espaço para disputar o governo. Essa declaração alinha-se com a estratégia de evitar a concentração de protagonismo dentro de uma mesma legenda, o que pode abrir caminho para lideranças de partidos aliados como o Republicanos ou o PP, ampliando a coalizão da base governista.

A sinalização do super secretário, Deusdete destaca que a decisão de João Azevêdo em concorrer ou não ao Senado será determinante para a definição da chapa. Caso o governador permaneça até o fim do mandato, caberá ao PSB apresentar um nome competitivo para o governo estadual. Mas, quem? Entretanto, se optar pela candidatura ao Senado, a base aliada precisará consolidar apoios em torno de uma liderança de fora do PSB.

A desistência de Deusdete reduz a fragmentação dentro da base governista, dando espaço para outras figuras políticas, desta feita de outros partidos. Nomes como Adriano Galdino (Republicanos) pode emergir como opções de viável, especialmente se contar com o respaldo do governador e dos aliados estratégicos. 

Entretanto, a desistência de Deusdete Queiroga reforce a necessidade de coesão na base governista, também evidencia os desafios que o PSB enfrentará na composição de uma chapa competitiva para 2026. A decisão do governador João Azevêdo será o ponto central da estratégia, definindo não apenas o papel do partido, mas também o alinhamento entre os aliados. Só lembrando que em fevereiro, João Azevedo assume a presidência do PSB no Estado, o que leva de fato o Governador assumir o papel de grande articulador da base governista.

Tenho Dito,

Pereira Júnior - Comentarista, e analista politico, editor responsável pelo Portal REPORTERPB