16/01/2025 às 15:35
João Azevedo e Adriano Galdino ‧ Foto: divulgação
A recente manifestação pública do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), sobre sua insatisfação com o governador João Azevêdo (PSB) e a sinalização de seu interesse em disputar o governo estadual em 2026, está movimentando o cenário político paraibano. Suas declarações, que intensificaram os rumores de descontentamento interno na base governista, foram prontamente recebidas como oportunidade pela oposição.
Efraim Filho: "Galdino é bem-vindo e pode liderar a chapa"
O presidente estadual do União Brasil e senador Efraim Filho afirmou que Adriano Galdino seria recebido com portas abertas na oposição, destacando sua importância como liderança política. Segundo Efraim, caso Galdino desembarque no campo oposicionista, ele terá espaço para construir e, se for o nome mais viável, poderá liderar a chapa na disputa pelo governo estadual.
Efraim também lembrou do apoio que recebeu de Galdino durante sua campanha para o Senado em 2022, reforçando a boa relação entre ambos. Para o senador, a chegada de Galdino traria força ao grupo oposicionista, já que o Republicanos possui relevância política e capacidade de articulação para formar uma chapa competitiva.
Pedro Cunha Lima: "A oposição quer somar forças"
O ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) também reagiu às declarações de Galdino, reiterando que a oposição está aberta a diálogo com todos os que queiram somar esforços. Pedro destacou a união do campo oposicionista, que reúne diversas legendas e está focado em consolidar um projeto político robusto para 2026.
A fala de Pedro reflete a estratégia de fortalecimento do campo oposicionista, que busca agregar lideranças de peso para enfrentar o projeto político da base governista. A possível entrada de Galdino nesse cenário é vista como uma oportunidade para ampliar o alcance eleitoral da oposição.
As declarações de Galdino foram desencadeadas após o governador João Azevêdo reafirmar sua candidatura ao Senado e apontar Lucas Ribeiro como sucessor natural. A falta de consulta às lideranças da base, incluindo Galdino, gerou insatisfação e expôs a fragilidade da unidade no grupo governista.
A movimentação de Galdino em direção à oposição pode representar uma ruptura significativa no bloco governista, gerando ainda mais desafios para João Azevêdo na composição de sua chapa e no fortalecimento de sua base para o pleito de 2026.
Por Pereira Júnior
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