07/02/2025 às 13:14
Hugo Motta, Deputado Federal ‧ Foto: ascom
Durante sua primeira visita oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, abordou um tema que promete agitar o cenário político: a redistribuição das vagas na Câmara em função dos resultados do Censo 2022. O parlamentar expressou sua preocupação com os efeitos dessa redistribuição, especialmente sobre estados do Norte e Nordeste, que já enfrentam desafios históricos de representação em fala na Arapuan FM.
Motta destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu um prazo até junho para que o Congresso Nacional defina a questão. Ele também questionou a precisão dos dados do Censo, realizado em um contexto pós-pandemia, sugerindo que pode haver distorções que impactam diretamente na contagem populacional.
“Estamos diante de uma questão crucial para o futuro político dos estados. Perder vagas significa diminuir a capacidade de influência no Congresso, o que é inaceitável para estados como Piauí e Paraíba. Enquanto isso, outros estados com populações menores manteriam o mesmo número de representantes. Precisamos de justiça nessa distribuição”, pontuou Motta.
Para evitar que estados percam representação, Hugo Motta sugeriu a criação de 14 novas vagas, elevando o total de deputados federais de 513 para 527. Segundo ele, essa medida garantiria o equilíbrio na representação sem prejudicar nenhum estado.
“Propomos um entendimento com o Senado e o STF para viabilizar essas novas vagas, sem impacto financeiro adicional. A ideia é fazer uma readequação orçamentária que permita a criação dessas cadeiras sem aumento de custos. Essa é uma prioridade para este semestre”, explicou.
O presidente da Câmara enfatizou que o debate sobre a redistribuição está avançado, mas a decisão final dependerá de um acordo entre o Congresso, o Senado e o STF. O objetivo é assegurar uma distribuição equilibrada e justa, respeitando as peculiaridades demográficas e políticas de cada região do país.
Com o prazo apertado, Hugo Motta reforçou a necessidade de encontrar uma solução que não prejudique nenhum estado e que mantenha a representação equitativa no Congresso Nacional, sem comprometer o orçamento.
Por Pereira Júnior
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