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Congresso Nacional

O pulso firme do paraibano de Hugo Motta ao buscar colocar ordem no Parlamento Nacional

Se Hugo Motta mantiver essa linha de comando, é possível que o clima na Câmara se torne menos caótico

Por Pereira Jr. • Articulista Polí­tico

19/02/2025 às 21:57

Imagem Hugo Motta, presidente da Câmara Federal

Hugo Motta, presidente da Câmara Federal ‧ Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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A atuação do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), na condução da sessão desta terça-feira (19) sinaliza uma mudança no tom do comando da Casa diante dos embates políticos cada vez mais intensos entre governistas e oposicionistas. Diante da confusão gerada no plenário, especialmente entre aliados do governo Lula e deputados bolsonaristas, Motta demonstrou firmeza ao retomar a sessão, reforçando que não tolerará desordem ou o uso da tribuna para espetacularizações.

A declaração do parlamentar paraibano foi direta e indicou que sua gestão buscará evitar que a Câmara se torne palco de confrontos políticos sem limites. "Se alguns confundem paciência com fraqueza, ainda não me conhecem", afirmou, deixando claro que pretende impor autoridade e seguir rigorosamente o regimento interno.

A decisão de endurecer o controle das sessões pode ter efeitos significativos na dinâmica parlamentar nos próximos meses. Ao alertar sobre o uso da Polícia Legislativa e do Conselho de Ética para coibir desrespeitos e comportamentos inadequados, Motta envia um recado claro de que não aceitará que o parlamento seja transformado em um palco de agressões verbais e físicas.

Essa postura pode representar um ponto de inflexão na condução dos trabalhos legislativos, especialmente em um cenário de crescente polarização política. A denúncia do procurador-geral da República contra Jair Bolsonaro acirrou ainda mais os ânimos entre governistas e oposicionistas, e a tendência é que novos episódios de tensão surjam no plenário. No entanto, a firmeza de Motta pode estabelecer um novo padrão de comportamento, reduzindo episódios de tumulto e impondo um ambiente mais controlado para os debates.

Por outro lado, sua postura pode gerar reações contrárias de parlamentares que se sentirem cerceados em sua liberdade de expressão. Dependendo da aplicação prática das medidas anunciadas, pode haver questionamentos sobre possíveis excessos no controle do plenário.

Se Hugo Motta mantiver essa linha de comando, é possível que o clima na Câmara se torne menos caótico, mas também mais tenso nos bastidores. Deputados da oposição e da base governista deverão testar os limites da presidência para entender até onde podem ir sem sofrer sanções. Caso a postura disciplinar do presidente da Casa seja aplicada de forma equitativa, pode consolidar sua liderança como alguém capaz de impor ordem em meio à instabilidade.

Além disso, sua disposição em recorrer ao Conselho de Ética e a medidas disciplinares pode impactar diretamente parlamentares mais combativos, alterando a dinâmica dos discursos inflamados e do uso da tribuna como instrumento de embates ideológicos.

Seja como for, a presidência de Hugo Motta na Câmara dos Deputados promete não ser passiva diante de conflitos e, ao que tudo indica, terá um papel ativo na contenção de crises e no cumprimento do regimento interno.

 

Por Pereira Júnior 

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