De assessor de Rômulo a pré-candidato a deputado: Dinho Dowsley constrói nova trajetória

Em entrevista concedida nesta segunda-feira (14) ao Sistema Arapuan de Rádio, o presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, Dinho Dowsley, confirmou que deverá disputar uma vaga de deputado estadual nas eleições de 2026. Na conversa, ele também reafirmou seu alinhamento com o grupo do prefeito Cícero Lucena, do governador João Azevêdo, e da família Ribeiro.


Dinho iniciou sua trajetória na vida pública como assessor do saudoso deputado federal Rômulo Gouveia, com quem aprendeu os primeiros passos na política, ainda muito ligado ao grupo Cunha Lima, de Campina Grande. No entanto, sobre esse passado, Dinho preferiu a neutralidade: demonstrou respeito à família do ex-senador Cássio Cunha Lima, mas afirmou que seguirá seu próprio caminho — desta vez, ao lado da base governista.


Reeleito com mais de 9.400 votos pelo PSD, o presidente da Câmara não descartou uma mudança partidária. Ele revelou estar em processo de avaliação para se filiar a uma legenda que tenha afinidade com o projeto governista.

Analistas políticos apontam a possibilidade de Dinho migrar para o Progressistas (PP), partido do prefeito Cícero Lucena, com quem mantém proximidade. Mesmo assim, o parlamentar fez questão de reconhecer o gesto político do deputado federal Hugo Motta, que o convidou para integrar os quadros do Republicanos.


No ano passado, Dinho manteve conversas com lideranças do Município de Sousa, cogitando a articulação de alianças políticas. Contudo, um vereador da base oposicionista na cidade negou publicamente qualquer tratativa nesse sentido, embora haja registro do encontro.


O presidente da Câmara acredita ter um capital eleitoral sólido, com cerca de 10 mil votos, o que, segundo ele, representa uma base importante para alçar voos mais altos na política estadual. Mas reconhece que será preciso crescer em outras regiões da Paraíba para viabilizar sua candidatura com competitividade.


Para aliados próximos, Dinho carrega ensinamentos valiosos da escola política de Rômulo Gouveia. No entanto, há quem diga que para consolidar esse novo momento, será necessário se livrar de figuras que, ao invés de somar, acabam atrapalhando seus projetos — os famosos “babões de plantão”.


Resta saber se a prática política aprendida com Rômulo Gouveia será realmente colocada em ação. O tempo dirá se os conselhos do velho mestre valeram a pena.


Tenho Dito,


Pereira Júnior