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João Pessoa aumenta proporção de vegetação e ganha mais de 1.370 hectares de áreas verdes em 20 anos

G1 PB

15/11/2024 às 06:01

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De acordo com levantamento do MapBiomas, a proporção vegetal da capital paraibana passou de 7,4%, em 2003, para 17,1%, em 2023. João Pessoa Praia de João Pessoa Construção Civil de João Pessoa Construção Civil em João PessoaKleide Teixeira/ArquivoJoão Pessoa registrou um avanço na cobertura vegetal urbana, com a proporção de áreas verdes passando de 7,4% em 2003 para 17,1% em 2023, o que representa um ganho de 1.376,6 hectares. O dado é resultado de monitoramento realizado e divulgado pelo MapBiomas. Apesar do crescimento expressivo, a cidade ocupa a 15ª posição no ranking nacional.A Paraíba é o 14º estado com maior proporção de vegetação nativa, tendo, no último relatório em 2023, 51% de vegetação nativa. O Brasil ainda tem 64,5% de seu território coberto por vegetação nativa; em 1985 eram 76%. A Caatinga perdeu 14% de vegetação nativa (8,6 milhões de hectares) entre 1985 e 2023, enquanto quase um quarto do bioma (23%, ou 11,5 milhões de hectares) já são de vegetação secundária.LEIA TAMBÉM:Novo estudo sugere que mundo está mais perto do limite histórico de 1,5ºC de aquecimento5 formas comprovadas de proteger o planeta e reverter a destruição ambientalDe acordo com Welison Silveira, secretário de Meio Ambiente de João Pessoa, a cidade conta com uma série de iniciativas que contribuem para esse aumento da vegetação, destacando a preservação de grandes áreas naturais. Entre elas estão a Mata do Buraquinho e uma série de parques municipais e estaduais, como o Parque do Aratu e o Parque das Trilhas. “Grandes áreas protegidas, como a Mata do Buraquinho e os parques, tanto municipais quanto estaduais. João Pessoa tem 14 parques municipais, além do Parque do Aratu e do Parque das Trilhas, que são parques estaduais. Temos áreas de Mata Atlântica protegidas, como a barreira do Cabo Branco, a barreira do Bairro São José e a Barreira da Praia do Sol. Também temos os vales dos rios Jaguaribe, Timbó, Cuiá e Gramame, que estão em áreas protegidas. Contamos com áreas de praças arborizadas, principalmente aquelas com mais de 5 mil metros quadrados, além de arborização em vias públicas e em espaços privados”, afirmou o secretário de Meio Ambiente de João Pessoa, Welison Silveira.Mata do Buraquinho, em João Pessoa, é um dos resquícios de Mata Atlântica na ParaíbaTV Cabo Branco/ReproduçãoPara a professora e pesquisadora Janaína Barbosa da Silva, o aumento da vegetação na cidade é um reflexo das políticas públicas implementadas ao longo dos anos, com destaque para a criação de espaços como o Jardim Botânico na Mata do Buraquinho. "O que vemos é a regeneração desses espaços. Como são áreas protegidas, elas se regeneram, se adensam e contribuem para esse acréscimo", explica.No entanto, a professora ressalta que o crescimento das áreas verdes em João Pessoa não deve ser visto apenas como uma conquista, mas também como um alerta para a necessidade de mais ações de preservação em outras regiões sensíveis, como as restingas e manguezais. Janaína também defende a implementação do IPTU Verde, um imposto que incentiva a preservação ambiental, como uma maneira de envolver ainda mais a população na proteção do meio ambiente urbano.Janaína também destaca o impacto direto da vegetação na temperatura urbana, alertando que áreas com cobertura vegetal ajudam a reduzir o efeito da ilha de calor, um fenômeno comum em cidades com grande urbanização e pouca vegetação. "Em espaços não arborizados, a temperatura pode aumentar em até 5°C, o que gera um desconforto térmico para a população. Além disso, a vegetação, especialmente a de manguezais e a Mata Atlântica, desempenha um papel crucial na absorção de gás carbônico, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas", afirma.MapBiomas mostra que ocupação urbana nas áreas de encosta está aumentandoVídeos mais assistidos do g1 Paraíba

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