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Mandados

PF deflagra Operação Ouro de Hipócrates contra irregularidades em procedimentos licitatórios na área da saúde

14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Redenção, Xinguara, Conceição do Araguaia e em Pau D'Arco.

Da Redação Repórter PB

13/09/2024 às 08:00

Imagem Operação Ouro de Hipócrates contra irregularidades em procedimentos licitatórios

Operação Ouro de Hipócrates contra irregularidades em procedimentos licitatórios ‧ Foto: Reprodução

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A Polícia Federal cumpriu, nesta quinta-feira (12/9), 14 mandados de busca e apreensão nos Municípios de Redenção, Pau D’Arco, Xinguara e Conceição do Araguaia, no Pará, relativos à Operação Ouro de Hipócrates.


A operação se iniciou a partir da junção de três investigações por irregularidades em procedimentos licitatórios na área da saúde.


A primeira delas, após denúncia do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) referente ao descumprimento, por parte da Prefeitura de São Felix do Xingu, de recomendações do MPPA quanto à implementação e disponibilização em plataforma pública específica, na rede mundial de computadores, de todas as informações geradas em matéria de contratações públicas voltadas para o combate da pandemia de COVID-19.



Com o avanço das investigações, foram constatadas semelhanças entre todas as empresas contratadas no período, sendo sedes inexistentes ou incompatíveis com trabalho desempenhado, ausência de funcionários, mesmo e-mail de registro na junta comercial e todos os responsáveis com condições financeiras incompatíveis com as de proprietários das empresas vencedoras de certames licitatórios milionários.



A segunda investigação apurava a compra de respiradores superfaturados na Cidade de Redenção/PA, durante a pandemia de COVID-19. Foram identificados indícios de montagem nos procedimentos licitatórios e as mesmas similaridades citadas acima, indicando se tratar de mais uma empresa de fachada. 



A terceira investigação apura ausência de médicos plantonistas no Município de Santana do Araguaia/PA, apesar de contratação pública vigente para esta finalidade. Durante a apuração, constatou-se que o representante constante no contrato, já havia falecido à época da assinatura, além da ausência de sede física da empresa e as demais similaridades citadas.


A partir das investigações foi possível contatar a existência de organização criminosa voltada para o desvio de recursos públicos em todo o estado do Pará, na área da saúde, se utilizando de empresas “fantasmas”. Acredita-se que ao menos 20 procedimentos tenham sidos fraudados, totalizando milhões de reais em danos aos cofres públicos, ainda por calcular.

Foram apreendidas armas, munições, computadores, comprovantes de transferências e celulares, em quantidades ainda não computadas.

Dos mandados de busca e apreensão, todos no Pará, foram cumpridos: nove em Redenção, um em Xinguara, um em Conceição do Araguaia e um em Pau D'Arco.

Fonte: Repórter PB

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