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Sistema lucrativo divulga desinformação científica na internet

Rádio Agência

23/06/2024 às 12:44

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A desinformação científica, espalhada por mensagens falsas, principalmente pela internet, é um sistema lucrativo, por isso é necessário regulamentar as redes sociais. É o que defende um novo relatório lançado pela Academia Brasileira de Ciências, instituição que reúne os principais cientistas do país.

Coordenado pela pesquisadora da Universidade Federal Fluminense Thaiane Oliveira, o documento destrincha os desafios e também propõe estratégias para a luta contra a desinformação científica. Mas Thaiane destaca que as fakes news não surgem espontaneamente, mas são produzidas por pessoas que usam as plataformas digitais para lucrar.

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"Existe também uma outra forma da gente entender esse lucro, baseado na própria plataforma. Toda a sua dinâmica de lógicas algorítmicas mediadas algoritmicamente acabam incentivando a produção de desinformação no sentido que títulos sensacionalistas, controvérsias e polêmicas ganham mais atenção no ambiente digital e com isso a plataforma também lucra em torno desses cliques."

Além de mostrar um panorama dos fatores que favorecem o compartilhamento das informações falsas, o documento propõe recomendações para enfrentar o problema. Uma das principais é investir em educação científica e na valorização do conhecimento.

"É fundamental para o enfrentamento de fato, para uma formação cidadã, de maneira que esse cidadão possa identificar, diagnosticar e também saber como lidar, como enfrentar a desinformação científica no seu dia a dia, no seu cotidiano, a partir das suas relações sociais, nos seus convívios cotidianos que acaba se deparando com a desinformação". 

A desinformação científica ocorre com a disseminação de informações falsas, enganosas ou imprecisas sobre questões científicas, frequentemente relacionadas a temas de saúde, ambientais ou tecnológicos. Por isso, Thaiane acentua que ela prejudica toda a sociedade.

"Realmente existe um grande desafio, sobretudo para quem não tem o conhecimento científico de base, de quem não é especialista, por exemplo, em determinada área do conhecimento em fazer o discernimento entre o que é o conhecimento científico e o que é pseudociência. Essa desinformação acaba tornando isso um grande desafio, um desafio ainda maior para lidar com esse fenômeno". 

A pesquisadora ressalta que a divulgação dessas fake news impactam a capacidade das pessoas de tomarem decisões acertadas, além de reduzir a confiança nas instituições científicas e governamentais.

O relatório completo pode ser lido e baixado no site da Academia Brasileira de Ciências: www.abc.org.br

Pesquisa e Inovação Academia Brasileira de Ciências sugere regulamentar redes sociais Rio de Janeiro Sistema lucrativo sustenta desinformação científica nas redes sociais 23/06/2024 - 13:00 Bianca Paiva / Liliane Farias Solimar Luz - repórter da Rádio Nacional fake news Desinformação conhecimento científico domingo, 23 Junho, 2024 - 13:00 211:00

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