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Desastres

Gaúcho, treinador do Sousa pede bom senso com enchentes e sugere que futebol pare

E os efeitos de toda essa situação catastrófica são sentidos indiretamente também por quem está quase na outra ponta do Brasil, caso do técnico do Sousa, Paulo Schardong, que é nascido na cidade de Três Passos, quase 500 quilômetros distante da capital Porto Alegre.

Da Redação Repórter PB

09/05/2024 às 15:10

Imagem Arena do Grêmio está debaixo d'água

Arena do Grêmio está debaixo d'água ‧ Foto: Divulgação

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Há uma semana o estado do Rio Grande do Sul passa pela pior enchente de sua história, com mais de 1 milhão de pessoas afetadas pelos alagamentos causados pelas chuvas da semana passada que, apesar de terem cessado nos últimos dias, seguem castigando o povo pois o nível da água vem baixando muito lentamente.

E os efeitos de toda essa situação catastrófica são sentidos indiretamente também por quem está quase na outra ponta do Brasil, caso do técnico do Sousa, Paulo Schardong, que é nascido na cidade de Três Passos, quase 500 quilômetros distante da capital Porto Alegre.

Ao Voz da Torcida, o comandante do Dinossauro do Sertão comentou o momento que sua terra natal vem vivendo, e ressaltou que o momento é de solidariedade com relação as vítimas.

– É uma tragédia sem precedentes, foram afetadas 70% das cidades, muita gente perdeu tudo, quase uma centena de pessoas já foram encontradas sem vida. A gente tem quase uma centena de pessoas desaparecidas, e praticamente o país inteiro está se mobilizando em relação a essa situação. O povo brasileiro sempre foi desta forma. Quando tem uma situação, o povo brasileiro se junta, dá as mãos, está sempre um ajudando ao outro. Isso é muito importante. Em relação a este momento, a gente tem que deixar as diferenças de lado, política, ideológica, qualquer outra situação. A parte humana é muito mais importante nesse momento – disse.

Schardong acompanha amigos e familiares que seguem no Rio Grande do Sul com muita atenção e, apesar de muitos danos patrimoniais causados pelas águas, ele afirma que é primordial salvar a vida das pessoas.

– Tenho bastante familiares em todos os lugares do Rio do Sul. A maioria dos meus parentes não foram afetados, acho que a parte pior ficou perto do rio Guaíba, que é mais próximo de Porto Alegre, Cruzeiro do Sul, Novo Hamburgo, essa região. Tem pequenos municípios da região serrana também que praticamente a cidade não existe mais. A gente acompanha, torce para todo mundo estar bem, todo mundo firme. Quando a gente perde coisa material, é uma coisa, dá para correr atrás, trabalhar, reconstruir. O brabo é quando a gente perde a vida, perde o ente querido, perde a saúde – comentou.

Foto - Rafael Costa

Em um momento tão triste e delicado, o futebol ainda consegue ser tema por conta da falta de consenso de como agir no momento.

No último fim de semana, os times do Rio Grande do Sul que jogam as Séries A, C e D (não há gaúcho na Série B) tiveram suas partidas adiadas. No início desta semana, a CBF confirmou a suspensão de todos os jogos das equipes do estado até pelo menos o próximo dia 27 de maio.

Porém, todos os outros clubes seguirão em atividade, e uma “solução” ventilada é tirar as delegações do estado e mandar para outras regiões para que o calendário do futebol brasileiro não seja afetado, algo que Paulo Schardong discorda totalmente. Inclusive, ele defende que todos os campeonatos sejam paralisados por alguns dias até que a situação seja minimizada.

– Estamos numa região onde nesse momento a gente está todo mundo muito bem, mas estamos acompanhando e eu acho que a CBF vai ter que ver uma situação certa. Neste momento apenas as equipes de lá que não estão jogando, mas acho que uma parada de duas rodadas para todo mundo, parar todos os campeonatos, daria um tempo deles se reerguerem na parte esportiva, no caso do futebol, para poder estar viajando. O aeroporto até está sem funcionar, não tem como eles viajarem, então a gente tem que entender que eles estão passando essa situação e que eles não querem sair pra outros lugares, ficar em outros estados alojados para poder fazer seus jogos, é uma questão de bom senso. Mas essa parte não é a gente que decide, a gente pode ter opinião, mas quem decide é o mandatário da CBF – encerrou.

Fonte: Voz da Torcida

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