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tradição nordestina

Juliette divide opiniões com "Vem Galopar": Releitura de clássico nordestino gera polêmica

As festas juninas, especialmente o São João, são celebrações profundamente enraizadas na cultura nordestina

Da Redação Repórter PB

17/06/2024 às 10:49

Imagem Cantora Paraibana, Juliette

Cantora Paraibana, Juliette ‧ Foto: divulgação

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A cantora paraibana Juliette lançou recentemente a música "Vem Galopar" como parte de seu projeto junino "São Juão", uma adaptação moderna do clássico "Pagode Russo" de Luiz Gonzaga. Esta nova versão tem gerado intensas discussões e dividido opiniões entre os admiradores da cultura nordestina.

São João: A Festa e Sua Importância Cultural

As festas juninas, especialmente o São João, são celebrações profundamente enraizadas na cultura nordestina, com tradições que incluem danças, comidas típicas e músicas que refletem a identidade e a história da região. Luiz Gonzaga, conhecido como o "Rei do Baião", é uma figura central nesse contexto, tendo popularizado o forró e canções que capturam a essência do Nordeste brasileiro.

A Polêmica em Torno de "Vem Galopar"

"Vem galopar / Fazer o roça roça / Dançando o tcha-tcha-tcha / Vem se envolver com a tropa", diz a nova música de Juliette. A letra, com seu duplo sentido e estilo moderno, tem sido alvo de críticas por parte de alguns fãs e críticos culturais que afirmam que não contribui para a valorização da tradicional festa de São João.

Em resposta às críticas, Juliette defendeu sua adaptação em um vídeo, onde explicou o uso do duplo sentido, comparando sua música a outros clássicos nordestinos como "Severina Xique-Xique" de Genival Lacerda e "Só gosto de tudo grande" de Marinês. "Eu não sou a inventora do duplo sentido. Se você pesquisar um pouquinho, vai ver que está aí desde que o mundo é mundo. Agora, a música ‘Vem Galopar’ tá massa, releitura de ‘Pagode Russo’, de Luiz Gonzaga”, argumentou.

Opiniões Divergentes

Enquanto alguns críticos aceitam o uso do duplo sentido, a principal objeção parece residir na própria adaptação do clássico. "O problema não é o duplo sentido. É a releitura em si. Tá querendo modernizar o clássico e vamos combinar que não precisava”, escreveu um seguidor. Outro criticou a qualidade da letra: “E desde quando o problema foi o duplo sentido? Esse recurso está presente em diversas obras nordestinas e tem apelo cultural. É enriquecedor quando utilizado de forma criativa. Agora, sua versão nem pra chamar de releitura, letra pobre e preguiçosa, mais do mesmo”.

Promoção e Desafios nas Redes Sociais

Apesar das críticas, Juliette continua promovendo "Vem Galopar" ativamente. Ela tem proposto desafios de dança nas redes sociais, e junto com seu namorado, Kaique Cerveny, compartilhou a coreografia da música, incentivando os fãs a participarem e se envolverem.

A Cultura Nordestina e a Evolução Musical

A polêmica em torno de "Vem Galopar" levanta questões importantes sobre a evolução da música nordestina e a preservação de suas raízes culturais. Enquanto alguns defendem a inovação e a adaptação dos clássicos para novas gerações, outros temem que essas mudanças possam diluir a essência do que torna a música tradicional tão especial.

Fonte: Repórter PB

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