30/10/2024 às 11:58
A corrida para a presidência da Câmara dos Deputados ganha novos contornos, com o deputado federal paraibano Hugo Motta (Republicanos) no centro das atenções. Embora o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha inicialmente mostrado resistência ao nome de Motta, a pressão política e a complexidade das alianças parecem ter levado Bolsonaro a mudar de postura. Agora, ele sinaliza que caberá à bancada do Partido Liberal (PL) decidir sobre o apoio ao parlamentar paraibano.
Fontes indicam que Bolsonaro, após ter compartilhado reportagens que destacavam a proximidade de Motta com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, estaria reconsiderando sua posição. O pai de Hugo, Nabor Wanderley, prefeito reeleito de Patos, havia afirmado em entrevistas que o deputado "não daria trabalho" ao governo petista, o que gerou descontentamento entre aliados bolsonaristas. Bolsonaro, que está inelegível, teria inicialmente usado essas declarações para questionar o apoio a Motta, mas passou a adotar uma postura mais conciliatória, deixando a decisão para a bancada do PL.
O movimento estratégico de Bolsonaro surge em meio a uma articulação mais ampla para garantir respaldo no Congresso. Fontes próximas ao ex-presidente sugerem que ele considera uma negociação em torno de sua anistia política e de apoiadores presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Ao ceder protagonismo à bancada do PL, Bolsonaro parece tentar fortalecer suas alianças, mirando não apenas a presidência da Câmara, mas também o Senado, onde o nome de Davi Alcolumbre (União Brasil) também figura como potencial aliado.
Além de Hugo Motta, outros nomes na disputa pela presidência da Câmara incluem os deputados Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA). A escolha oficial de apoio do PL deve ser consolidada em reunião agendada para quarta-feira, 30 de outubro.
Fonte: Repórter PB
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