23/10/2024 às 10:57
A primeira etapa de testes do Ramal do Apodi começou nesta terça-feira (22) na Paraíba, marcando um avanço significativo na integração das águas do Rio São Francisco. A obra, que faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é uma promessa de segurança hídrica para diversas regiões do Nordeste. As águas da Barragem de Caiçara percorreram o trecho até o Rápido Arruído, uma fase crucial para avaliar o funcionamento das novas estruturas.
O Ramal do Apodi, com uma extensão total de 115,5 km, está projetado para beneficiar cerca de 750 mil pessoas em 54 cidades dos estados da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. A obra, que interliga grandes reservatórios da região, como o de Caiçara e o de Angicos, tem como objetivo garantir a segurança hídrica em áreas críticas para o abastecimento humano e o desenvolvimento da agricultura irrigada, um dos setores mais promissores do Nordeste.
A fase de testes desta terça-feira focou no primeiro trecho da obra, que está completamente finalizado e será entregue à população em novembro deste ano, segundo o secretário Nacional de Segurança Hídrica do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Giuseppe Vieira. "O Ramal do Apodi, além de ampliar o alcance das águas do São Francisco, é um marco no fortalecimento do Eixo Norte da Integração. A entrega do primeiro trecho é uma conquista importante para o sertão nordestino", destacou o secretário.
Com um investimento federal previsto de R$ 1,7 bilhão, o Ramal do Apodi faz parte do eixo "Água para Todos" do Novo PAC, priorizando regiões que historicamente enfrentam escassez hídrica. Maurício Muniz, secretário especial do Novo PAC, reforçou a importância do projeto: “Este ramal é vital para o abastecimento de áreas urbanas e rurais no Rio Grande do Norte e Ceará, e ainda potencializa o desenvolvimento agrícola no médio e baixo Jaguaribe, além de impactar a Região Metropolitana de Fortaleza.”
O avanço físico das obras do Ramal do Apodi já alcançou 65%, com a conclusão total prevista para os próximos meses. O projeto tem sido recebido com otimismo por especialistas e pela população local, que aguardam melhorias significativas no abastecimento de água e na economia regional. Para muitos, a conclusão da obra representa uma virada de página na luta contra a seca e na garantia de um futuro mais próspero para o semiárido nordestino.
Fonte: Repórter PB
Para ler no celular, basta apontar a câmera