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Casal dono da 'Vai de Bet' fica em silêncio durante depoimento à polícia em Campina Grande

G1 PB

30/09/2024 às 21:13

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Aislla Rocha e André Rocha são alvos da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo influenciadores digitais e casas de apostas online, as "bets". Dono e co-ceo da VaideBet, André e Aislla Rocha, ao lado do casal Gusttavo Lima e Andressa Suíte em festa na GréciaReprodução/Redes SociaisO casal proprietário da empresa de apostas 'Vai de Bet' prestou depoimento nesta segunda-feira (30) à Polícia Civil, em Campina Grande, mas decidiu permanecer em silêncio durante todo o procedimento. André Rocha e Aislla Rocha são alvos da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo influenciadores digitais e casas de apostas online, as "bets".O superintendente da Polícia Civil de Campina Grande, Paulo Ênio, conduziu o interrogatório do casal, que foi acompanhado por um advogado, e ambos optaram por não se manifestar. De acordo com apuração da TV Paraíba, o casal deve se pronunciar apenas na justiça. O casal também assinou um termo de fiel depositário e voltou a ter a posse de carros apreendidos na Operação Integration.O casal teve a prisão decretada no mesmo dia em que a Operação Integration foi deflagrada e não se apresentou à Justiça, por isso eram considerados foragidos. Na noite do dia 23 de setembro, André Rocha e Aislla Rocha foram beneficiados por um habeas corpus. Na 2ª instância, a Justiça disse que o casal não era foragido quando viajou com Gusttavo Lima para comemorar o aniversário do artista e revogou decisão.Juíza diz que casal recebeu ajuda de Gusttavo Lima para fugir do paísGusttavo Lima no São João 2023 de Campina GrandeErickson Nogueira/g1A decisão da Justiça de Pernambuco que decretou a prisão do cantor Gusttavo Lima no último dia 23, considerou que o artista teria oferecido ajuda a "foragidos", referindo-se a André Rocha e Aislla Rocha, casal proprietário da empresa de apostas 'Vai de Bet', de Campina Grande. Segundo a decisão, o avião de Gusttavo Lima levou o casal para a Grécia, mas, ao retornar ao Brasil, seguiu uma rota diferente e não trouxe os investigados.De acordo com a decisão assinada pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, o casal de investigados fez uma viagem com o cantor, saindo de Goiânia com destino à Grécia. Porém, no retorno, o mesmo avião fez escala também em Atenas, na Grécia, e Ilhas Canárias, arquipélago da Espanha, sugerindo que o casal possa ter desembarcado em um desses destinos."No dia 7 de setembro de 2024, o avião de matrícula PS-GSG retornou ao Brasil, após fazer escalas em Kavala, Atenas e Ilhas Canárias, pousando na manhã do dia 8 de setembro no Aeroporto Internacional de Santa Genoveva, em Goiânia. Curiosamente, José André e Aislla não estavam a bordo, o que indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça", afirmou a decisão. Desembargador discordouNo último dia 24, no entanto, a 2ª instância do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) revogou o mandado de prisão preventiva de Gusttavo Lima e a apreensão do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo do cantorPara embasar a revogação da ordem de prisão preventiva de Gusttavo Lima, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, discordou da juíza. Ele comparou as datas da deflagração da operação e da viagem do cantor e do casal para a Grécia, que aconteceu em 1º de setembro. O magistrado disse que não houve auxílio do artista para o casal, que não era considerado foragido no momento do embarque.“[...] o embarque em questão ocorreu em 01/09/2024, enquanto que as prisões preventivas de José André da Rocha Neto e a Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha foram decretadas em 03/09/2024. Logo, resta evidente que esses não se encontravam na condição de foragidos no momento do retromencionado embarque, tampouco há que se falar em fuga ou favorecimento a fuga”, afirmou o desembargador.Gusttavo Lima nega ser sócio da 'Vai de Bet'Gusttavo Lima é indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa em investigação sobre jogos ilegaisO cantor sertanejo Gusttavo Lima é o embaixador da plataforma e o principal rosto da marca 'Vai de Bet'. No site da empresa, o artista é descrito como um patrocinador. Mas, conforme a decisão de 1ª instância do TJPE, ele adquiriu, no dia 1º de junho deste ano, 25% da empresa Vai de Bet, o que, na avaliação da juíza, representa indícios de participação do cantor no esquema.Gusttavo Lima foi indiciado na operação Integration por lavagem de dinheiro e organização criminosa no dia 15 de setembro. Leia aqui o que diz a defesa do cantor.Depois de ser indiciado, o cantor Gusttavo Lima fez uma live no Instagram, nesta segunda-feira (30), para conversar com os seguidores. Com a ajuda do advogado Claudio Bessa, o cantor negou ser "sócio oculto" da casa de apostas digital Vai de Bet e todos os outros pontos citados pela Polícia Civil de Pernambuco no inquérito.Gusttavo Lima faz live com advogadoReproduçãoQuem são André Rocha e Aislla Rocha?O casal José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques da Rocha são sócios da Vai de Bet, uma das casas de apostas investigadas na Operação Integration.Nas redes sociais, Aislla Rocha se descreve como arquiteta e urbanista e vice-presidente de um grupo de casas de apostas esportivas e cassino online, composto por quatro plataformas, entre elas a Vai de Bet. Aislla também é sócia do marido em várias outras empresas do grupo.Natural de Campina Grande, o empresário André Rocha é dono da Vai de Bet e herdeiro do ramo imobiliário da Paraíba. Ele teve sua prisão preventiva decretada, mas no dia da operação estava em viagem à Grécia. LEIA TAMBÉMQuem é o casal dono da 'Vai de Bet' que a Justiça diz que recebeu ajuda de Gusttavo Lima para fugir do paísNo dia 4 de setembro, Aislla Rocha publicou nas redes sociais uma foto do casal na comemoração do aniversário do cantor Gusttavo Lima, em uma festa em Mykonos, ilha localizada na Grécia. A Operação Integration foi deflagrada um dia depois.O empresário paraibano teve quase R$ 200 milhões bloqueados pela Justiça de Pernambuco. Do total bloqueado de José André da Rocha Neto, R$ 35 milhões seriam provenientes de contas pessoais do empresário paraibano. Outros R$ 160 milhões estariam em contas de empresas dele. No total, o montante chega a R$ 195 milhões.O que é a Operação Integration?Policial separa cédulas de dinheiro apreendido durante operação 'Integration', que investiga lavagem de dinheiro e jogos ilegais em cinco estadosPolícia CivilA operação "Integration" foi deflagrada na manhã da quarta-feira (4) pela Polícia Civil de Pernambuco e de outros quatro estados. Foram expedidos, ao todo, 19 mandados de prisão e outros 24, de busca e apreensão, no Recife e nas cidades de Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia. Segundo a corporação, um suspeito está foragido.De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram em abril do ano passado e têm como alvo uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais na internet. De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a quadrilha movimentou cerca de R$ 3 bilhões em quatro anos.Durante a operação, foi decretado o bloqueio de R$ 2,1 bilhões dos vários alvos das investigações. Além disso, foi determinada a entrega de passaporte, a suspensão do porte de arma de fogo e o cancelamento do registro de arma de fogo dos investigados.Além de Deolane, estão entre os alvos da investigação algumas empresas envolvidas em jogos na internet, conhecidas popularmente como "bets". Uma delas é a plataforma de apostas online Esportes da Sorte, que também atua como patrocinadora de alguns times de futebol, como Corinthians, Athletico-PR, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Ceará, Náutico e Santa Cruz.Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba

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// [Documentação] https://vlibras.gov.br/doc/widget/installation/webpageintegration.html