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investigação

Caso da bebê retirada do velório: MP descarta erro médico, mas investigações continuam

O episódio começou quando familiares, ao velarem a menina, notaram que o corpo não apresentava a rigidez esperada e que a temperatura corporal

Da Redação Repórter PB

21/10/2024 às 12:43

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Imagem O caso gerou uma intensa mobilização das autoridades

O caso gerou uma intensa mobilização das autoridades ‧ Foto: divulgação

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Um caso comovente e cercado de mistério movimentou a cidade de Correia Pinto, em Santa Catarina, no último sábado (19), quando uma bebê de 8 meses, que estava sendo velada, foi retirada do local após familiares e socorristas acreditarem que ela apresentava sinais de vida. No entanto, o laudo cadavérico divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) descartou a possibilidade de que a criança tivesse sinais vitais durante o velório, gerando grande comoção entre os envolvidos.

O episódio começou quando familiares, ao velarem a menina, notaram que o corpo não apresentava a rigidez esperada e que a temperatura corporal permanecia elevada. Além disso, segundo testemunhas, a mão da bebê teria se movido, o que aumentou o desespero dos parentes, levando-os a acionar os bombeiros. Ao chegarem, os socorristas examinaram a menina e constataram a presença de fracos batimentos cardíacos com um estetoscópio, além de falta de rigidez nas pernas. Esses indícios criaram uma onda de esperança, mas também dúvidas, sobre a real situação da bebê.

O caso gerou uma intensa mobilização das autoridades. O Ministério Público, logo após os eventos, ordenou a realização de um laudo cadavérico em caráter de urgência para verificar a possibilidade de erros no atestado de óbito ou no atendimento inicial. O documento, segundo o MP, confirma que a menina já estava morta por volta das 3 horas da manhã de sábado, conforme indicado no atestado de óbito emitido pelo hospital.

O laudo apontou que as percepções de calor corporal e de batimentos cardíacos foram provocadas por outros fatores biológicos, que não revelam necessariamente sinais vitais. O documento é sigiloso devido ao fato de envolver uma criança, mas especialistas legistas indicaram várias razões para os fenômenos observados durante o velório, como possíveis falhas nos métodos de observação ou reações naturais do corpo pós-morte.

Apesar da divulgação do laudo, as investigações continuam. O MPSC solicitou a realização de um exame anatomopatológico para determinar com precisão a causa da morte da bebê e se houve negligência no atendimento médico inicial. Este exame deve trazer mais clareza ao caso e tem previsão de ser concluído dentro de 30 dias.

O caso tem gerado grande repercussão, não apenas pela natureza trágica do evento, mas também pela série de circunstâncias incomuns que levaram a questionamentos por parte da família e das autoridades. O MPSC ressaltou que está tratando a investigação com a seriedade que o caso exige e garantiu que todos os envolvidos no atendimento médico da bebê serão ouvidos.

O caso da bebê que supostamente teria apresentado sinais vitais durante o velório trouxe à tona questões delicadas sobre o diagnóstico de óbito e a precisão nos atendimentos médicos de emergência. Embora o laudo cadavérico tenha descartado a possibilidade de vida durante o velório, o desfecho completo ainda depende da divulgação do exame anatomopatológico. O Ministério Público segue acompanhando o caso de perto, e a expectativa é que o laudo final possa elucidar completamente a causa da morte e esclarecer as circunstâncias que envolveram o atendimento à criança.

Fonte: Repórter PB

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